O ministro dos Negócios Estrangeiros está “completamente disponível” para prestar esclarecimentos na Assembleia da República sobre o apoio aos portugueses retidos no estrangeiro devido à pandemia, como pediu esta sexta-feira o PSD.
O PSD quer ouvir, com urgência, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, sobre o apoio que está a ser dado no âmbito da pandemia de Covid-19 aos portugueses que se encontram no estrangeiro.
Esta sexta-feira, o partido enviou um requerimento para que sejam prestadas todas as informações relativas aos procedimentos que estão a ser postos em prática pelo Governo e pela rede diplomática e consular.
António Maló de Abreu, deputado social-democrata, não concorda com a forma como o governante tem gerido a situação. “Infelizmente teve uma declaração infeliz, dizendo que os consulados e representações portuguesas no estrangeiro não são agências de viagens, quando neste momento temos de nos preocupar com todos os portugueses e com cada um deles”, disse, citado pela TSF.
“Precisamos que o ministro esclareça o que quis dizer com essas declarações nesse momento, em que todos temos de ter dose de humildade e evitar situações de arrogância“, acrescentou.
Desta forma, o PSD considera ser de máxima urgência o Governo explicar como está a lidar com a situação dos portugueses que se encontram no estrangeiro, que, devido ao surto do Covid-19, têm tido dificuldades em regressar a casa.
No requerimento, assinado pelos deputados Adão Silva, António Maló de Abreu, Carlos Gonçalves e José Cesário, o PSD chama a atenção para as dificuldades da rede consular em garantir “em alguns casos, com grandes atrasos” a proteção dos portugueses no estrangeiro.
O PSD aponta ainda o caso específico de algumas das comunidades, como a da Venezuela ou de outros países de África e da América Latina, “que têm grandes dificuldades, em alguns casos, no acesso aos medicamentos essenciais em consequência da situação social e política que se vive nesses países”,
No requerimento, os sociais-democratas referem que a TAP “interrompeu abruptamente parte significativa dos seus voos, o que em muitas situações deixou sem alternativas imediatas” muitos portugueses.
Santos Silva já fez saber que está “completamente disponível” para prestar esclarecimentos na Assembleia da República “no mais curto prazo” sobre o apoio aos portugueses retidos no estrangeiro devido à pandemia.