Se a Atlântida tiver existido, esta tecnologia promete encontrá-la

Cientistas vão usar campos magnéticos para procurar antigos assentamentos humanos perdidos no mar. Os investigadores estão de olhos postos em Doggerland.

Atlântida é uma lendária cidade submersa que supostamente existiu, tendo a sua história aparecido pela primeira vez nas obras do filósofo grego Platão, nos seus diálogos “Timeu” e “Crítias”.

Segundo Platão, a Atlântida era uma ilha grande e próspera que existia milhares de anos antes da sua época. A cidade era rica em recursos naturais e tecnologicamente avançada, e os seus habitantes eram altamente desenvolvidos em ciência, arte e política.

No entanto, eventualmente tornaram-se arrogantes e ambiciosos, e a sua sociedade começou a entrar em decadência. A cidade foi finalmente destruída num único dia e noite de terramotos e inundações catastróficas, afundando nas profundezas do oceano Atlântico.

Os campos magnéticos prometem agora ser uma ferramenta útil na procura de assentamentos humanos que foram perdidos no mar.

No Reino Unido, um projeto vai usar dados de magnetometria para vasculhar Doggerland, o pedaço de terra afundado que ligou a Grã-Bretanha à Europa continental até ao final da Idade do Gelo.

Doggerland foi uma civilização antiga no Mar do Norte, situada entre o Reino Unido, a Dinamarca e a Noruega.

Conhecida como a “Atlântida britânica”, Doggerland foi abandonada depois de ser atingida por um tsunami de cinco metros, há 8.200 anos. Os arqueólogos calculam que teria quase três vezes o tamanho de Portugal.

Há agora esperança de que esta técnica possa ser usada para encontrar civilizações há muito perdidas em todo o mundo, escreve a IFLScience.

A equipa de investigadores da Escola de Ciências Arqueológicas e Forenses da Universidade de Bradford, em Inglaterra, está particularmente interessada em procurar vestígios de atividade humana no Mar do Norte, pois acredita-se que tenha abrigado alguns dos maiores assentamentos pré-históricos da Europa.

“Também podemos descobrir a presença de monturos, que são depósitos de lixo feitos de ossos de animais, conchas de moluscos e outros materiais biológicos, que podem dizer-nos muito sobre como as pessoas viviam”, disse o cientista Ben Urmston, num comunicado divulgado pela universidade.

A história da Atlântida foi muito popular na antiguidade e continua a fascinar as pessoas até hoje. Muitos mitos e lendas foram criados em torno da cidade perdida, e muitos exploradores e arqueólogos tentaram encontrar evidências de sua existência.

No entanto, não há provas concretas da existência da Atlântida, e muitos acreditam que a história é apenas uma fábula inventada por Platão.

ZAP //

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