Pelo menos 18 pessoas morreram na sequência de ataques aéreos no leste da Síria durante a noite e que atingiram posições iranianas e milícias aliadas.
“Os ataques aéreos tiveram como alvo várias posições ocupadas pelas forças iranianas e milícias aliadas na região de Boukamal”, perto da fronteira com o Iraque, disse esta segunda-feira o Observatório Sírio para os Direitos do Homem (OSDH).
A organização não-governamental com sede em Londres, que dispõe de uma vasta rede de informadores no terreno, refere que os aviões de combate não foram identificados e que desconhece igualmente a identidade das vítimas. “18 combatentes foram mortos, mas ainda não determinámos a identidade das vítimas”, indica o OSDH.
O ataque aéreo visou uma região da província de Deir Ezzor onde decorrem operações militares complexas entre várias forças distintas. O OSDH recorda que, em junho de 2018, bombardeamentos aéreos no leste da Síria, perto da fronteira iraquiana, fizeram 55 mortos, entre os quais combatentes leais ao regime de Damasco assim como forças iraquianas.
A agência France Presse cita, esta segunda-feira, um responsável norte-americano, em Washington, que sob anonimato acusou Israel de responsabilidade no bombardeamento de domingo à noite, mas as autoridades israelitas recusaram fazer comentários. O Irão, Estado inimigo de Israel, mantém soldados e meios militares na Síria enquadrados nas forças de Bashar al-Assad.
Anteriormente, Israel assumiu que levou a cabo ataques em território sírio contra posições iranianas e forças do movimento libanês Hezbollah, partido aliado de Teerão e do regime de Damasco.
Na província de Deir Ezzor, forças do regime sírio mantêm posições contando com o apoio de milícias estrangeiras, constituídas nomeadamente por efetivos iraquianos e iranianos. Na mesma província, uma aliança de combatentes constituída por curdos e árabes das Forças Democráticas Sírias (FDS) também se encontram no terreno e contam com o apoio dos aviões de combate da Coligação Internacional chefiada por Washington.
O conflito na Síria prolonga-se desde 2011 e já fez 370 mil mortos e milhões de deslocados e refugiados.
// Lusa