Seth Shostak, astrónomo e astrofísico do Instituto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence) está convencido de que os humanos vão encontrar uma civilização extraterrestre inteligente até 2036.
“O SETI duplica a velocidade aproximadamente a cada dois anos porque a velocidade depende muito dos computadores”, disse o astrónomo e astrofísico Seth Shostak, em entrevista ao The Debrief. “Então, basta seguir a Lei de Moore e eu aposto com todo a gente um copo de Starbucks que encontraremos algo até 2036.”
Shostak explicou que as pessoas não percebem como o SETI funciona. Os media retratam o instituto e respetivos investigadores como um grupo de cientistas que ficam sentados a ouvir o ruído de fundo do cosmos e ficam animados quando ouvem algo fora do comum.
“Nós não nos sentamos à frente dos computadores e olhamos para os dados. Seria como assistir milhões de canais de relevisão ao mesmo tempo”, explicou o astrofísico.
Na verdade, a enorme rede de computadores do SETI faz toda esse escuta. Conforme esses computadores se tornam melhores e mais rápidos, conseguem podem ouvir mais sinais.
Um Universo é um lugar grande e, à medida que o poder de processamento se torna mais rápido, os computadores SETI podem observá-lo melhor.
Shostak baseia a sua previsão na Lei de Moore, uma teoria de meio século postulada pelo cofundador da Intel, Gordon Moore, que supõe que a velocidade de processamento de um computador duplicará a cada dois anos. Embora alguns peritos na indústria de tecnologia afirmem que a Lei de Moore já não é aplicável devido a mudanças no design, computação quântica e até mesmo nano-biotecnologia, a teoria ainda é geralmente aceite. É responsável pela velocidade com que o desenvolvimento tecnológico ocorreu nas últimas décadas.
Shostak também apontou que a compreensão geral do cosmos mudou drasticamente nos últimos anos. “Acho que a grande coisa que aconteceu nos últimos vinte anos ou mais foi a descoberta de exoplanetas. As pessoas sabem que isso é verdade. Sabem que encontramos muitos planetas e que os planetas são comuns”, afirmou Shostak.
O cientista observou que sempre houve um otimismo geral de que haja civilizações extraterrestres. O entendimento de que existem muitos outros planetas semelhantes à Terra deu às pessoas um impulso para querer ir mais longe.
Shostak espera que 2036 seja um ano crucial porque os computadores do SETI terão aumentado em velocidade e eficiência. “É quando teremos olhado para cerca de um milhão de sistemas estelares e é o meu instinto que diz que um milhão é o número certo para encontrar algo”, explicou.
Devido à distância entre a Terra e outros planetas e sistemas estelares que podem conter vida inteligente, a comunicação direta será impossível. Uma vez que os sinais de rádio e lasers têm um limite de velocidade de pouco menos de 300.000 quilómetros por segundo, os anos-luz entre a Terra e a fonte de qualquer comunicação potencial podem significar que qualquer sinal detetado pode variar de alguns anos a milhares de anos.
Sim, sim! Para além de extraterrestres em 2036 a NASSA também vai à Lua! Ou então por causa de alguma outra epidemia venha anunciar que fica adiada para quem sabe lá pra 2112 ou 2222!