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O astrolábio mais antigo do mundo é português e pertencia a Vasco da Gama

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Um disco de bronze encontrado nas costas de Omã, onde navios portugueses naufragaram há 500 anos, revelou-se o mais antigo astrolábio marinho do mundo.

Segundo o artigo publicado no The International Journal of Nautical Archaeology, este instrumento para medir a longitude e a latitude dos corpos celestes pertencia ao navegador português Vasco da Gama – e foi registado no Guinness Book of Records.

Datado de 1498, e criado em Portugal, foi encontrado entre os destroços do navio Estrela, avança o ABC. O instrumento de orientação foi utilizado pela armada portuguesa na segunda viagem de Vasco da Gama à Índia. Arqueólogos britânicos recuperaram o objeto junto à costa de Omã, no fundo do Mar Arábico.

O astrolábio mede 175 milímetros, pesa 344 gramas e foi encontrado em 2016, mas só agora teve a data de origem certificada. Foi feito um scan laser do artefacto, para que possa ser estudado por outros arqueólogos online. Para além de antigo, o astrolábio é muito raro: existem apenas 104 exemplares criados no mesmo estilo, o Sodré.

Os astrolábios foram usados ​​pela primeira vez no mar numa viagem portuguesa pela costa oeste da África em 1481. Depois disso, foram utilizados para navegação durante as mais importantes explorações do final do século XV, incluindo aquelas lideradas por Bartolomeu Dias, Cristóvão Colombo e Vasco da Gama. São considerados os mais raros e mais apreciados artefactos que podem ser encontrados em antigos naufrágios.

Aportadas perto da pequena ilha de Al Hallaniyah, a poucos quilómetros do litoral de Omã, na Península Arábica, as naus Esmeralda e São Pedro afundaram em 1503 após uma forte tempestade que matou todos os tripulantes, tendo já sido recuperadas várias preciosidades arqueológicas do navio, incluindo sinos, canhões e discos de cobre com a marca da família real portuguesa.

Foi também nos destroços do Esmeralda que foi encontrado o segundo exemplar conhecido da moeda de prata criada por D. Manuel especificamente para o comércio com a Índia.

Além disso, especialistas britânicos notam que entre as descobertas no naufrágio do navio está um grande sino naval, que também foi registado na Guinness como o artefacto mais antigo do seu tipo.

No total, cerca de 2.800 artefactos foram encontrados e recuperados perto das margens do Sultanato em 2014. É o mais antigo naufrágio da Era Dourada das explorações europeias.

ZAP //

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