Associação de pais não percebe apelo do ministro sobre os vouchers para manuais gratuitos

1

A associação que representa os pais (Confap) diz não compreender o apelo do Governo para que não se atrasem a levantar o vales dos manuais escolares, a cerca de duas semanas do início das aulas.

À Renascença, o presidente da Confederação da Associações de Pais sublinha que se pudessem, os pais teriam tratado de tudo antes de irem de férias, por isso, não entende o apelo. “Não percebo qual foi a razão desta comunicação. Já estive em escolas e vejo famílias a aguardar a sua vez para tratar deste processo”, afirma.

O presidente garante apenas ter conhecimento de alguns problemas pontuais. “Em face da informação que tenho não é pelas famílias que existem atrasos. Nós temos alguma informação de que há escolas que ainda não conseguiram disponibilizar os vales e que há livrarias que dizem que não conseguem fazer as encomendas”.

Segundo Jorge Ascensão, ao nível das plataformas não têm conhecimento que hajam grandes problemas, mas este ano muitas escolas recusaram-se a sinalizar famílias com direito a terem manuais gratuitos, porque entenderam que não estavam em condições.

“Esta é provavelmente uma das razões que levou a algum atraso”, considera este responsável, acrescentando que muitas famílias podem ter reclamado, enquanto outras, face ao transtorno, optarem por pagar os livros. “Percebemos que não se pode deixar tudo para última, pois pode congestionar. Mas se isso acontecer, na generalidade, não será por responsabilidade das famílias”, garante o responsável da Confap.

O Ministério da Educação teme sobrecarga no início do ano letivo e fez apelo aos pais para que peçam livros gratuitos rapidamente nas livrarias. Este número levou o Ministério da Educação a dizer que “reitera a importância de os vouchers serem resgatados logo que possível, para evitar maior sobrecarga e afluência às livrarias no início do ano letivo, bem como eventuais atrasos no acesso aos manuais escolares”.

O Governo adiantou, em comunicado, que a poucas semanas do início das aulas a quase totalidade dos “vouchers” para a compra já foram emitidos, mas apenas metade foi resgatada pelos encarregados de educação.

O programa de gratuitidade dos manuais escolares foi, este ano, alargado a todos os alunos do ensino obrigatório. São 1,2 milhões de estudantes do 1.º ao 12.º ano que vão receber oito milhões de livros, graças a uma medida avaliada em cerca de 145 milhões de euros.

ZAP //

1 Comment

  1. Percebeu, até porque não é burrinho, quer é mediatismo!
    “Ministério da educação reitera a importância de os vouchers serem resgatados logo que possível, para evitar maior sobrecarga e afluência às livrarias no início do ano letivo”
    Não é difícil compreender!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.