Entre 2013 e 2019, a Associação dos Imigrantes dos Países de Leste – Edinstvo, que tem alegadas ligações ao Kremlin, recebeu 126 mil euros do Estado português.
A Associação dos Imigrantes dos Países de Leste – Edinstvo, que está ligada à polémica dos refugiados ucranianos recebidos por russos pró-Putin na Câmara de Setúbal, recebeu 126.578 euros de apoios do Estado português entre 2013 e 2019.
Segundo o jornal Público, as verbas foram transferidas pelo Alto Comissariado para as Migrações para programas de apoio ao associativismo imigrante (PAAI) e de intermediação cultural nos serviços públicos.
Após a denúncia do caso, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras decidiu suspender os pedidos de colaboração a pessoas ligadas à associação.
A Edinstvo foi fundada em 2005 por Igor Khashin, um dos líderes da comunidade russa em Portugal, que juntamente com a sua esposa, Yulia Khashina, funcionária da câmara setubalense, receberam refugiados ucranianos.
Igor Khashin foi sempre próximo da Embaixada da Rússia, de onde o Governo expulsou dez funcionários por “atividades contrárias à segurança nacional”.
Nos sites da Ruskyi Mir e da Rossotrudnichestvo, instituições estatais de propaganda russa, são feitas referências a Khashin, que entretanto foram apagadas. Uma fonte da comunidade das informações com experiência na Rússia disse ao Expresso que estas instituições podem servir de cobertura a elementos dos serviços secretos.
Estas organizações financiam também associações como a de Khashin, subsidiada até março passado pela Câmara de Setúbal.
Da autarquia, Igor e Yulia receberam, em nome da associação, 29.400 euros anuais de um subsídio que nos últimos três anos totalizou quase 90 mil euros.
Além deste valor e das verbas do Alto Comissariado para as Migrações, a Edinstvo recebeu da autarquia mais 67.760 euros entre 2012 e 2014.
Refugiados ucranianos denunciaram que lhes foram feitas perguntas sobre o paradeiro dos familiares que ficaram na Ucrânia e que lhes foram fotocopiados os documentos pessoais por Igor Khashin e Yulia Khashina.
Trata-se de apoio às migrações e quem não concordar com a atitude de dar apoio pode ser acusado de algo que agora está muito na moda.
Fizeram muito bem e devem continuar a dar… quanto mais melhor, porque essas pessoas merecem ser bem tratadas!