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As tribos da Amazónia estão a usar drones para combater a desflorestação ilegal

Se pretende viajar até a Amazónia não se assuste quando chegar.  É que a tribo indígena Uru-Eu-Wau-Wau, que vive na mais conhecida floresta do Brasil, está a usar uma nova ferramenta para detetar o desflorestamento ilegal: um drone.

Hoje em dia ir visitar a Amazónia é muito mais do que ouvir o canto dos pássaros. Agora é provável que também se ouça os zumbidos de drones a sobrevoar as cabeças dos visitantes. Num raio cerca de 11 mil quilómetros quadrados, a zona de Rondônia, na floresta da Amazónia, é agora controlada e vigiada.

A tribo tem trabalhado em conjunto com várias organizações não governamentais para proteger a floresta que consideram ser o seu habitat natural. Para além desta tribo, também outras já estão a adotar o método de utilização de drones para vigiar a floresta, e controlar as áreas onde a desflorestação está a ocorrer.

A tribo Uru-Eu-Wau-Wau e outras seis uniram-se com o World Wildlife Fund (WWF), e a Associação de Defesa Étnoambiental, uma ONG brasileira, para aprender a trabalhar com os drones.

Estas tribos dependem da floresta para sobreviver uma vez que é de lá que provém o seu  alimento, lar e até medicamentos naturais que usam para combater doenças.

Infelizmente, grande parte da floresta está a ser queimada progressivamente, na sequência de incêndios iniciados ilegalmente, criados com o propósito de queimar árvores e desflorestar a área. Essas áreas desflorestadas são usadas para o desenvolvimento de agricultura ilegal ou pecuária, relata a CNN.

Agora, o objetivo das tribos é controlar as áreas de acesso mais difícil, com o das imagens fornecidas pelo drone. Os vídeos e os mapas de alta resolução que identificarem atividades ilegais serão entregues às autoridades locais que deverão identificar os criminosos.

Os 19 drones que estão a ser usados pelas tribos custam cerca de 2000 dólares cada um (cerca de 1700 euros) e foram doados através do projeto WWF-Kaninde, que envolve 18 organizações não governamentais que querem ajudar a combater este problema na Amazónia.

A Fundação Thomson Reuters, uma das organizações locais que trabalha com os drones explicou a importância destes instrumentos na luta contra a desflorestação e garante que “sem um drone, a desflorestação – que já está num processo muito avançado – ainda seria desconhecida em muitos sítios da floresta.  A tecnologia de monitorização territorial é  muito importante”.

As tribos indígenas dependem da floresta para sobreviver, contudo o problemas também assume contornos globais. Sem essas florestas, o clima de planeta Terra muda e isso contribui drasticamente para o aquecimento global.

ZAP //

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