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Artista que publicou vídeo sexual de candidato de Macron promete expor mais políticos

Depois de ter começado a circular um vídeo de cariz sexual em que Benjamin Griveaux seria protagonista, o artista russo Piotr Pavlenski veio afirmar que o ex-candidato à autarquia de Paris será a apenas o primeiro político a ver conteúdos sexuais divulgados.

Benjamin Griveaux, apoiado pelo Presidente Emmanuel Macron, retirou esta sexta-feira a sua candidatura após a difusão de um vídeo de carácter sexual. O candidato à autarquia de Paris concorria contra a presidente em exercício, a socialista Anne Hidalgo, e as sondagens já não lhe eram favoráveis. No entanto, o caso da divulgação do vídeo abalou a política francesa.

A divulgação do vídeo mereceu uma condenação de todos os quadrantes políticos, mas as atenções acabaram por voltar-se para o responsável pela publicação das imagens: Piotr Pavlenski.

O artista russo apresenta-se como um ativista contra o Governo do seu país mas também contra o Executivo de Emmanuel Macron. Ao Libération, Pavlenski assumiu a responsabilidade pelo site onde alojou o vídeo e, em entrevista ao canal francês BFMTV, diz que Griveaux será a apenas o primeiro político a ver conteúdos sexuais divulgados.

“Benjamin Griveaux é um candidato que mente para os seus eleitores e que faz propaganda puritana. É o único candidato que começou a sua carreira política com grandes mentiras e uma grande hipocrisia em relação a todos os eleitores”, afirmou Piotr Pavlenski.

Segundo o Expresso, o artista é representado pelo advogado Juan Branco, consultor jurídico de Julian Assange e da WikiLeaks, que já veio defender o cliente. “Ele decidiu denunciar, por todos os meios possíveis, o domínio que Macron tem sobre o poder político. Foi um gesto político de rutura, ele está na oposição. Ele tem um compromisso e diz que é apenas o primeiro passo.”

Em 2017, na capital francesa, Pavlenski incendiou uma fachada do Banco de França por considerar que a instituição tinha “tomado o lugar da Bastilha” e os “banqueiros o lugar dos monarcas”, uma ação que decorreu apenas cinco meses depois de ter conseguido asilo político no país.

Benjamin Griveaux vai apresentar queixa às autoridades pela divulgação do vídeo. A divulgação de imagens ou palavras com carácter sexual sem consentimento pode ser punida, de acordo com o Código Penal francês, com dois anos de prisão e uma multa de 60.000 euros.

O ex-candidato à Câmara de França pretende ainda acusar o artista russo de violação da sua vida privada. Griveaux não se quis pronunciar sobre o conteúdo do vídeo – ou responder se era verdadeiro.

ZAP //

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