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Artista dá nova vida a velhas fotos históricas com cor digital

Foto preto e branco de 1938, por John Vachon, cortesia de Shorpy.com / Foto colorida: Jordan J. Lloyd / Dynamichrome

Foto preto e branco de 1938, por John Vachon, cortesia de Shorpy.com / Foto colorida: Jordan J. Lloyd / Dynamichrome

As técnicas para colorir fotos antigas, a preto e branco, melhoraram muito nos últimos anos e uma nova geração de artistas está a utilizar a edição digital com resultados surpreendentes. Um destes artistas é Jordan Lloyd e sua companhia Dynachrome, que dão nova vida a velhas imagens cheias de história.

Jordan Lloyd começou a colorir imagens há um ano, depois de atender a um pedido para colorir uma foto de família.

Para colorir as imagens, o estúdio de Jordan Lloyd “pinta” a foto com ferramentas digitais, técnica bem mais avançada do que a tradicional pintura manual.

Lloyd contou à BBC que é preciso sobrepor camadas diferentes para dar realismo à foto colorida, um trabalho que pode demorar até uma semana por cada foto.

Para garantir que utiliza as cores correctas, Lloyd passa dias a consultar especialistas e a investigar imagens de arquivo.

Rapariga amarela (foto a preto e branco de Dorothea Lange, cortesia da Biblioteca do Congresso dos EUA / foto colorida de Jordan J. Lloyd / Dynamichrome).

Rapariga amarela (foto a preto e branco de Dorothea Lange, cortesia da Biblioteca do Congresso dos EUA / foto colorida de Jordan J. Lloyd / Dynamichrome).

Para colorir esta fotografia de Dorothea Lange, que retrata a Grande Depressão nos Estados Unidos, no início do século 20, Lloyd contou com a experiência da sua equipa no campo da fotografia de arquitectura.

Lloyd conta que se inspirou nos trabalhos da artista sueca Sanna Dullaway, que com a sua técnica de colorir conseguiu ‘dar uma impressão mais realista’ às fotos.

Old Milwaukee (foto a preto e branco de 1941 por Arthur Siegel, cortesia da Biblioteca do Congresso dos EUA / foto colorida por Jordan J. Lloyd / Dynamichrome).

Old Milwaukee (foto a preto e branco de 1941 por Arthur Siegel, cortesia da Biblioteca do Congresso dos EUA / foto colorida por Jordan J. Lloyd / Dynamichrome).

Lloyd acredita na expansão da sua empresa, a Dynamichrome, nos próximos anos, devido ao grande interesse pela coloração de fotografias antigas.

Segundo Lloyd, as técnicas para colorir fotografias melhoraram muito graças aos esforços dos arquivos históricos e dos seus serviços de restauração.

Para a cor da pele, por exemplo, são 14 camadas. Para outros elementos da fotografia, são entre cinco e dez camadas.

Look to the skies (foto a preto e branco de 1945 por Toni Frissel, cortesia da Biblioteca do Congresso dos EUA / foto colorida por Jordan J. Lloyd / Dynamichrome).

Look to the skies (foto a preto e branco de 1945 por Toni Frissel, cortesia da Biblioteca do Congresso dos EUA / foto colorida por Jordan J. Lloyd / Dynamichrome).

A maioria dos clientes de Lloyd são pessoas comuns, mas os pedidos de museus e instituições académicas têm aumentado.

Arkansas Sharecropper (foto preto e branco de 1936 por Dorothea Lange, cortesia da Biblioteca do Congresso dos EUA / foto colorida por Jordan J. Lloyd / Dynamichrome).

Arkansas Sharecropper (foto preto e branco de 1936 por Dorothea Lange, cortesia da Biblioteca do Congresso dos EUA / foto colorida por Jordan J. Lloyd / Dynamichrome).

Com tantas camadas e detalhes, a quantidade de trabalho para colorir apenas uma foto pode ser grande e a paciência é fundamental.

Depois de aplicada a cor, são usadas várias técnicas para que o fundo da imagem se misture com os elementos coloridos e, dependendo da complexidade da foto, o processo pode levar uma semana.

Apesar destes cuidados, nem sempre se pode garantir a fidelidade histórica.

Mas segundo Lloyd, o objectivo final é apenas um: que o público, ao ver a imagem, não se dê conta de que a foto foi originalmente tirada a preto e branco.

ZAP / BBC

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