As técnicas para colorir fotos antigas, a preto e branco, melhoraram muito nos últimos anos e uma nova geração de artistas está a utilizar a edição digital com resultados surpreendentes. Um destes artistas é Jordan Lloyd e sua companhia Dynachrome, que dão nova vida a velhas imagens cheias de história.
Jordan Lloyd começou a colorir imagens há um ano, depois de atender a um pedido para colorir uma foto de família.
Para colorir as imagens, o estúdio de Jordan Lloyd “pinta” a foto com ferramentas digitais, técnica bem mais avançada do que a tradicional pintura manual.
Lloyd contou à BBC que é preciso sobrepor camadas diferentes para dar realismo à foto colorida, um trabalho que pode demorar até uma semana por cada foto.
Para garantir que utiliza as cores correctas, Lloyd passa dias a consultar especialistas e a investigar imagens de arquivo.
Para colorir esta fotografia de Dorothea Lange, que retrata a Grande Depressão nos Estados Unidos, no início do século 20, Lloyd contou com a experiência da sua equipa no campo da fotografia de arquitectura.
Lloyd conta que se inspirou nos trabalhos da artista sueca Sanna Dullaway, que com a sua técnica de colorir conseguiu ‘dar uma impressão mais realista’ às fotos.
Lloyd acredita na expansão da sua empresa, a Dynamichrome, nos próximos anos, devido ao grande interesse pela coloração de fotografias antigas.
Segundo Lloyd, as técnicas para colorir fotografias melhoraram muito graças aos esforços dos arquivos históricos e dos seus serviços de restauração.
Para a cor da pele, por exemplo, são 14 camadas. Para outros elementos da fotografia, são entre cinco e dez camadas.
A maioria dos clientes de Lloyd são pessoas comuns, mas os pedidos de museus e instituições académicas têm aumentado.
Com tantas camadas e detalhes, a quantidade de trabalho para colorir apenas uma foto pode ser grande e a paciência é fundamental.
Depois de aplicada a cor, são usadas várias técnicas para que o fundo da imagem se misture com os elementos coloridos e, dependendo da complexidade da foto, o processo pode levar uma semana.
Apesar destes cuidados, nem sempre se pode garantir a fidelidade histórica.
Mas segundo Lloyd, o objectivo final é apenas um: que o público, ao ver a imagem, não se dê conta de que a foto foi originalmente tirada a preto e branco.
ZAP / BBC