ARS do Norte deve milhões de euros a enfermeiros e assistentes

2

Giuseppe Lami / EPA

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte deve mais de 2,5 milhões de euros em incentivos a centenas de enfermeiros e de secretários clínicos das unidades de saúde familiar (USF) modelo B.

De acordo com o Jornal de Notícias, desde janeiro estes profissionais estão a receber mensalmente apenas metade dos incentivos a que têm direito pelo desempenho de 2021. “É previsível que a situação fique regularizada até ao final do ano”, disse ao jornal fonte oficial da ARS Norte.

Segundo o diário, todas as regiões de saúde desrespeitam os prazos previstos na lei, embora os médicos não sejam afetados por esse atraso.

O vice-presidente da associação nacional de USF (USF-AN), Diogo Urjais, explicou que, logo no início do ano, esses profissionais sabem se cumpriram ou não os objetivos e o valor do prémio mensal a que têm direito.

No caso dos enfermeiros, se os objetivos tiverem sido atingidos na totalidade no ano anterior, recebem um prémio de 300 euros mensais, que acresce à remuneração base e a outros suplementos. Os secretários clínicos recebem um máximo de 150 euros por mês.

“Cada USF tem, em média, seis enfermeiros e cada um deles tem a haver 150 euros (50%) vezes 11 meses”, referiu o presidente dada USF-AN, André Biscaia. Estão por pagar cerca de 1,75 milhões de euros só aos enfermeiros do Norte. Caso se junte os secretários clínicos, a dívida passa a 2,53 milhões.

A lei estabelece que a avaliação do desempenho tem de ser concluída pelas até março do ano seguinte. Durante esses meses, enquanto não está terminada, recebem 50% do valor máximo dos incentivos e o acerto de contas terá de ser feito em abril, mês a partir do qual os incentivos devem começar a ser pagos a 100%.

“A ARS Lisboa e Vale do Tejo pagou o acerto de contas relativo ao ano de 2020 em janeiro de 2022”, disse Diogo Urjais, e este ano regularizou os pagamentos relativos a 2021 em outubro. A ARS Centro pagou em junho.

Taísa Pagno //

Siga o ZAP no Whatsapp

2 Comments

  1. Ah e tal, as 35h só avançam se não tiverem mais custos para o contribuinte…
    Toma lá papagaio-mor do reino! E agora, acobardas-te a reverter a porcaria obvia que fizeste?

  2. O que é preciso para atinjir milhoes de euros, ao numero destes profissionais que nao param de crescer, nao será preciso muito, agora, ao que temos visto, por noticias na comunicação social, convinha separar as despesas reais das falcatruas, de uma coisa tenho a certeza, muito deste dinheiro é deitado fora por falta de produtividade e abstencionismo.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.