O Programa de Arrendamento Acessível, lançado pelo Governo em julho, conta com quase oito mil inscritos na plataforma online e 135 habitações disponíveis, divulgou esta segunda-feira a secretária de Estado da Habitação à Renascença.
Ana Pinho, secretária de Estado da Habitação à Renascença, revelou esta segunda-feira à Rádio Renascença que “cinquenta mil pessoas visitaram a plataforma, 7.800 tiveram o trabalho de se registar já oficialmente na plataforma; temos cerca de 135 alojamentos já registados e temos neste momento já mais de 20 contratos submetidos”.
Os números correspondem aos meses de verão, julho e agora, e, segundo a secretária de Estado, não são muito baixos, uma vez que “próprias entidades que promovem e divulgam o arrendamento estão neste momento a familiarizar-se com o programa e a divulgá-lo”.
“Em habitação, não há uma bala de prata, não se disponibilizam casas por decreto, as coisas têm tempos; precisamos de gerar confiança e as casas vão sendo disponibilizadas ao longo do tempo”, explicou a responsável.
“Consoante as casas no mercado vão vagando, o que este programa permite é haver uma alternativa para elas poderem ser disponibilizadas a preços mais baixos”, acrescentou.
Atualmente, está a ser desenvolvido um outro programa relacionado com a formação de agências imobiliárias, para que as pessoas, “quando estão à procura ou a querer oferecer casa e vão a um agente imobiliário, ele próprio possa informá-las de como é que o programa funciona e que é uma alternativa a qualquer outro regime em que queiram pôr a sua habitação a render”.
Agora, a maior preocupação é, segundo Ana Pinho, facilitar o encontro de proprietários e inquilinos no mercado. “Neste momento, precisamos de encontrar uma forma de as pessoas se encontrarem com facilidade.”
Questionada pela Renascença sobre se o Programa de Rendas Acessíveis da Câmara Municipal de Lisboa era concorrente do de Arrendamento Acessível, Ana Pinho recusa a ideia. “O programa Arrendamento Acessível estende-se ao programa de Rendas Acessíveis da Câmara de Lisboa. São diferentes” e “o próprio programa da Câmara de Lisboa é apoiado pelo Estado [central] no âmbito do primeiro direito”, explicou.
“Os contratos que forem feitos ficam ao abrigo deste programa [de Arrendamento Acessível], por isso eles não concorrem: trabalham ambos para o mesmo fim”, disse. “Não há aqui uma competição. Nós queremos é as casas para as pessoas, venham donde vierem.”