O obstetra que não detetou as malformações graves do bebé sem rosto, em Setúbal, já teve seis processos disciplinares arquivados na Ordem dos Médicos.
Segundo o Correio da Manhã, o sexto processo disciplinar foi arquivado, no dia 7 de janeiro, e dizia respeito a um caso de alegada negligência médica, por o obstetra não ter diagnosticado a uma paciente adulta determinada patologia.
O diário escreve que o obstetra tinha dez processos disciplinares pendentes e, com este arquivamento, restam quatro processos ainda em curso, entre eles o caso do bebé que nasceu com malformações graves, em outubro de 2019, no Hospital de Setúbal.
De acordo com o CM, o médico, que dentro de dois meses poderá voltar a exercer, ainda não foi interrogado no Ministério Público de Setúbal e o processo mantém-se em investigação.
O bebé Rodrigo nasceu sem olhos, nariz e parte do crânio. As ecografias foram realizadas pelo obstetra numa clínica privada em Setúbal, supostamente ao abrigo de uma convenção com o SNS, que afinal não existia, naquilo que foi uma irregularidade entretanto detetada pela Administração Regional de Saúde de Lisboa.
Parece impossível que ainda aconteçam coisas destas em Portugal ou qualquer outro lugar do mundo! Quem protege criminosos, criminoso é e deveria ser também indiciado pelo MP. Neste caso, a Ordem dos Médicos.