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Arquivado inquérito ao caso do Alfa conduzido por actriz brasileira

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(dr) Halima Abboud / Facebook

Oh, 220! 220! Eu estou a 220 num comboio, estou dirigindo o Alfa. Uau!, Uau!“, diz a actriz brasileira Halima Abboud

O Ministério Público arquivou o inquérito à alegada condução de um comboio Alfa por uma mulher que não era funcionária da CP, cujo vídeo foi divulgado em 2014 na internet, não tendo sido responsabilizados os autores.

O vídeo em causa, que foi divulgado apenas em 2014 mas que terá sido filmado alguns anos antes, mostra uma mulher estranha à empresa a conduzir um comboio Alfa, o que, segundo a CP informou na altura, é proibido.

Isto porque existem regulamentos internos que proíbem a “presença de elementos estranhos à tripulação dos comboios em cabines de condução, excepto se devidamente autorizados”.

“O acesso e permanência às cabines de condução só é permitido mediante apresentação de documentação específica para o efeito”, esclareceu a CP na altura.

“O não cumprimento destas determinações constitui infracção passível de consequências disciplinares graves ou outras de contornos diferentes, que se venham a revelar adequadas aos factos apurados”, precisou a empresa.

Após a divulgação do vídeo, a CP anunciou que ia reportar às autoridades o vídeo, cujas imagens terão sido gravadas através de um telemóvel.

A CP admitu na altura dificuldades na “confirmação da veracidade” das imagens e na “identificação do comboio específico, data e viagem em que tal situação poderá, eventualmente, ter ocorrido”.

Questionada sobre a conclusão da investigação, a CP remeteu para a informação divulgada na altura em que o vídeo foi conhecido.

“À data da divulgação dos acontecimentos, não foi possível, pelos seus próprios meios e através das imagens divulgadas, identificar o comboio, data e hora da viagem”, informou a CP à Lusa.

A empresa apresentou queixa ao Ministério Público, no sentido de serem conduzidas averiguações para apuramento dos factos.

Segundo informou agora o Ministério Público, o inquérito que correu no Departamento de Investigação e Ação Penal foi arquivado.

Após a polémica suscitada pela divulgação do vídeo na internet, alguns órgãos de comunicação social identificaram a mulher que conduzia o comboio como Halima Abboud, uma modelo e actriz de naconalidade brasileira.

Durante o vídeo, a actriz, manipula os comandos da composição e accione a buzina, enquanto se ri visivelmente entusiasmada com a viagem.

Oh, 220! 220! Eu estou a 220 num comboio, estou dirigindo o Alfa. Uau!, Uau!“, diz Halima Abboud, antes de accionar novamente a buzina.

Olha eu aqui no comando, tão bom, olha eu no comando do Alfa a 220 por hora, estou indo até ao Porto a 220!“, acrescenta a actriz, de cuja filmografia consta apenas o filme português Call Girl (2007), no qual desempenha o papel de uma stripper.

Depois de o vídeo se ter tornado viral nas redes sociais e meios de comunicação portugueses, Halima Abboud mostrou-se incrédula com a controvérsia gerada à sua volta.

ZAP / Lusa

7 Comments

  1. Mas claro que foi arquivado! Faz parte das regras da CP e não da lei geral! Não faz qualquer sentido que a CP se tenha dirigido às autoridades em vez de instaurar uma investigação interna e disciplinar. Se aconteceu o que aconteceu, é da inteira responsabilidade da CP. Para que raio é que se mete a polícia nisto? A Isto chama-se perder tempo e dinheiro (o nosso!).

  2. E esta a atitude da administração da cp, perante uma gravíssima falha de segurança, pois pôs a vida de todos que viajavam no comboio em perigo, ou nao?. Ao maquinista nada acontece, isto esta entregue a bicharada, mais vale viajar de autocarro, é mais seguro.

  3. Mas qual será o maquinista de comboio que não gostaria de ter uma parceira ao lado com um cabedal destes a dar-lhe assistência, estou certo que a CGTP já deverá ter feito alguma requisição para que mais assistentes destas e se possível brasileiras venham colaborar com os maquinistas da CP para lhes levantar a moral, todos ficam a ganhar!.

  4. Não se trata de um crime a condução de um comboio em alta velocidade pondo em risco a vida de centenas de passageiros, sem a habilitação necessária?
    Se não é possível identificar o parvalhão que permitiu isso, é possível identificar a autora da ‘proeza’ e levá-la a prestar declarações ao ministério público e a responder pelos seus atos, não?
    Só em Portugal, meismo….

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