Arqueólogos podem ter encontrado esqueleto de pirata do Século XVI

Um esqueleto encontrado nas obras de ampliação de uma Escola Primária, na Escócia, pode ser de um pirata do Século XVI, acreditam os arqueólogos envolvidos nas escavações.

O esqueleto foi encontrado enterrado na propriedade de uma Escola Primária em Edimburgo, na Escócia, durante escavações nas obras de ampliação.

Os testes de datação com carbono efectuados aos ossos revelaram que estes têm apenas 600 anos.

Os arqueólogos envolvidos nas escavações acreditam que o esqueleto encontrado pode ser o de um pirata morto numa execução pública como castigo pelos seus crimes e como exemplo para assustar outros que rondavam a zona.

Uma ideia que a proximidade com o porto de Newhaven ajuda a fomentar.

“Em 1550, havia uma forca erguida em Newhaven para execuções públicas”, lembra o curador do Serviço de Arqueologia do Conselho da Cidade de Edimburgo (CECAS), John Lawson, que esteve envolvido nas escavações, conta o site Live Science.

O esqueleto foi encontrado sem muitos dos ossos das mãos e dos pés, dado que indiciará a execução, explica Lawson, notando que quando um corpo está pendurado numa forca durante algum tempo, os ossos mais pequenos se separam e perdem-se no processo de deterioração.

Os ossos foram encontrados perto de três sepulturas, todas com túmulos datados do Século XVI.

O facto de o esqueleto não se encontrar em nenhuma sepultura e a forma como estava enterrado despertaram a atenção dos arqueólogos.

“Parecia que estava numa posição agachada. Foi enterrado no que parece ser uma cova rasa, de lado, quase como se tivesse sido atirado“, diz Lawson, que avança a hipótese de se ter tratado de um assassínio.

“Pode-se imaginar a pessoa a ser assassinada e enterrada rapidamente nas dunas de areia atrás da parede das docas”, explica o arqueólogo.

Os investigadores procedem, entretanto, a mais análises e esperam obter informações importantes, nomeadamente quanto ao tipo de alimentação e até às origens deste pretenso pirata.

ZAP