Um grupo de arqueólogos descobriu várias múmias antigas no Egito – incluindo os restos de um misterioso individuo extremamente bem conservado – num enterro comum na margem oeste do Rio Nilo.
O túmulo foi encontrado em Aswan, no sul do Egito, e terá cerca de 2500 anos de idade. De acordo com o diretor do Ministério das Antiguidades do Egito, o sepulcro terá sido utilizado num funeral comunitário.
Entre as múmias encontradas, há uma que desperta especial atenção: a de um indivíduo extremamente bem preservado, envolvido em faixas de linho, que os arqueólogos encontraram num sarcófago de arenito.
De acordo com o Ministério, não há quaisquer inscrições no túmulo, estando a identidade da múmia ainda por revelar. Vão ser conduzidas mais pesquisas para tentar descobrir quem é o indivíduo.
Foram ainda descobertas outros três túmulos perto da mesma região. Os cientistas encontraram fragmentos de pinturas, textos escritos com hieróglifos e pedaços de outros sarcófagos de argila. Os especialistas vão agora tentar decifrar os textos.
Todos os túmulos contêm pedaços de amuletos feitos de fiança – uma cerâmica vidrada utilizada em algumas loiças. As imagens divulgadas pelo Ministério mostram que alguns dos amuletos têm a forma de deuses egípcios, como Anubis, o deus egípcio dos mortos.
Os cientistas acreditam que as descobertas datam do período a que chamam de “Época Baixa do Antigo Egito”, que durou de 712 a.C até 332 a.C.
Durante este período, o Egito esteve sob o controlo de várias potências estrangeiras, como o Reino de Cuxe (antigo reino localizado a sul do país), Assíria e Persa – este período terminou quando Alexandre, o Grande, conquistou o Egito em 332 a.C.
Não é ainda claro para os cientistas se o indivíduo encontrado no enterro comum pertencia a algum destes grupos estrangeiros, mas os especialistas continuam as investigações para resolver este mistério o quanto antes.
Este têm sido um bom mês para a Arqueologia no Egito. Ainda esta semana, o Ministério dava conta de ter descoberto uma nova esfinge, também em boas condições de preservação, com cerca de 2 mil anos.
ZAP // Live Science