Inédito? Argélia na final da Taça das Nações Árabes – num jogo com…109 minutos

Brahimi foi titular na meia-final incrível com o Qatar. Carlos Queiroz não conseguiu colocar o Egipto na final.

Não será inédito no futebol, porque já houve milhões de jogos que nos passaram “ao lado”. Mas, numa competição FIFA, e logo numa meia-final, foi inédito: o jogo entre Argélia e Qatar, na Taça das Nações Árabes, teve 109 minutos. Os argelinos venceram por 2-1 e o último golo foi marcado ao minuto 107.

O estádio Al Thumama viu os anfitriões ficarem em desvantagem aos 58 minutos, quando Djamel Benlamri (que até joga num clube do Qatar) marcar o primeiro golo da Argélia.

Os elementos do banco argelino ficaram com mãos na cabeça e com bocas abertas quando, ao minuto 90′, viram que o árbitro tinha acabado de conceder nove minutos de compensação. “É para a selecção da casa conseguir empatar”, terão pensado.

E realmente o Qatar chegou ao empate. Mohammed Muntari, nascido no Gana, igualou o marcador aos 96 minutos. Mas ainda faltava algum tempo para o drama acabar. Tempo suficiente para Mohammed Belaili apontar o 2-1 final, aos…107 minutos.

Sim, supostamente o jogo iria fechar aos 99 minutos (nove de compensação) mas o árbitro deixou andar. Foram 18 minutos de compensação na segunda parte, mais um na primeira. Um jogo com 109 minutos. E sem regra do «golo de ouro».

A Argélia, mesmo sem a sua selecção mais forte (mas com Yacine Brahimi no 11 inicial), vai disputar a final da Taça das Nações Árabes com a Tunísia.

E também houve emoções fortes finais – num jogo mais curto – na outra meia-final, realizada também nesta quarta-feira. A Tunísia derrotou o Egipto, comandado por Carlos Queiroz, por 1-0. O único golo foi apontado aos 94 minutos, por um jogador…egípcio. Amr El Soleya marcou na própria baliza, ao tentar cortar um livre.

A final entre Argélia e Tunísia está marcada para este sábado. E os argelinos não chegarão muito “frescos” a esse jogo decisivo. Cinco jogos realizados em 14 dias e os dois últimos foram mais longos do que queriam: 129 minutos nos quartos-de-final com Marrocos (houve prolongamento e grandes penalidades) e 109 minutos na meia-final com o Qatar.

Nuno Teixeira, ZAP //

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