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Nova tecnologia militar aquece as mãos em temperaturas negativas sem luvas

Mallory Roussel/USARIEM

Cientistas do exército norte-americano criaram uma tecnologia capaz de aquecer as mãos dos soldados em baixas temperaturas sem serem necessárias luvas.

Se completar uma tarefa do dia-a-dia com luvas pode revelar-se complicado, imagine-se tentar recarregar uma arma com um par de luvas nas mãos. Como tal, o Instituto de Investigação de Medicina Ambiental do Exército dos Estados Unidos (USARIEM) criou uma tecnologia capaz de aquecer as mãos dos soldados em temperaturas negativas, sem recorrer a luvas.

As luvas tendem a ser uma maneira prática e eficaz de aquecer as mãos em baixas temperaturas, mas reduzem significativamente a destreza dos movimentos. Sem as luvas, o frio tem um efeito semelhante, para além de ser extremamente incomodativo. A solução foi agora encontrada pelo exército norte-americano.

“Quem já tentou fazer alguma coisas com as mãos e os dedos no frio sabe que é difícil fazer isso ao usar luvas, porque isso diminui a destreza de 50 a 80%“, explica o principal investigador do projeto, John Castellani, em declarações à Popular Mechanichs.

A inovação, conhecida como “Dispositivo de Destreza para Aquecimento Pessoal”, promete ter importantes aplicações militares em ambientes com baixas temperaturas. A tecnologia aquece os antebraços para aumentar a circulação sanguínea nos dedos.

Castellani está desde 1995 a trabalhar, conjuntamente com a sua equipa, para encontrar soluções para o exército norte-americano em condições climáticas adversas. O investigador explica que, para além de reduzir a destreza, o frio pode fazer com que os soldados percam força, poder, mobilidade e circulação sanguínea.

A solução passa por colocar dispositivos de aquecimento nos antebraços e no rosto. Em experiências realizadas pela equipa, os soldados foram colocados com a tecnologia num ambiente a 0ºC. Normalmente, os dedos estão a uma temperatura a rondar os 10ºC, mas com a ajuda dos dispositivos, aumentou cerca de três graus.

O número mágico que gostaríamos de atingir é de 15ºC, que é um ponto de mudança na temperatura da pele dos dedos”, disse Castellani. “Mas o nosso aumento de três graus melhorou a destreza em cerca de 50%, o que é um bom começo”, acrescentou.

Apesar de durante os testes a cara também ter sido aquecida, o produto final apenas vai aquecer os antebraços. Ainda será preciso um par de anos até que este dispositivo comece a ser utilizado pelo exército, mas Castellani espera que, posteriormente, seja lançada uma versão comercial para civis.

ZAP //

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