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Milhares de apps Android acedem à nossa localização sem autorização

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Mais de mil aplicações Android acedem à nossa localização, mesmo quando não lhes é concedida autorização. Os criadores das apps arranjaram formas de contornar o sistema de proteção da privacidade dos consumidores.

É uma prática comum as aplicações dos telemóveis com sistema operativo Android pedirem permissão para aceder a certas funcionalidades, como por exemplo, a localização. Quando escolhemos não conceder permissão para isto, não esperamos que a aplicação ignore a nossa ordem e o faça de qualquer maneira — mas a verdade é que isso acontece com milhares de apps.

A notícia avançada pela CNET tem como base as descobertas da uma equipa de investigação, que descobriu que milhares de aplicações ignoram as restrições impostas e acedem à nossa localização precisa. Caso já tenhamos concedido autorização a uma app, ela pode partilhar essa informação com outra aplicação.

Estas violações de privacidade permitem às empresas tecnológicas reunir grandes quantidades de informação relativa a onde vamos, com quem vamos e o que vamos fazer.

Apesar dos esforços da Apple e da Google em proteger a privacidade das pessoas ao obrigar as aplicações a pedir autorização para aceder à nossa localização, as apps continuam a arranjar formas de contornar este sistema. A Google irá lançar, ainda este ano, o Android Q, que promete resolver este tipo de problemas.

“Fundamentalmente, os consumidores têm muito poucas ferramentas e dicas que podem usar para controlar razoavelmente a sua privacidade e tomar decisões sobre isso”, disse Serge Egelman, investigador no International Computer Science Institute. “Se os criadores de aplicações podem apenas contornar o sistema, pedir permissão aos consumidores é relativamente inútil“.

As 1325 aplicações que violavam as permissões usavam soluções alternativas escondidas no seu código, que recolhiam dados pessoais através do Wi-Fi e de metadados armazenados nas fotografias.

A Disney, uma das empresas apanhadas pelos investigadores, não respondeu ao contacto feito pela CNET, enquanto a Shutterfly, uma aplicação de edição de fotos, negou aceder à localização dos dispositivos dos utilizadores sem autorização — apesar do que os investigadores descobriram.

A lista das 1325 aplicações que infringem a privacidade dos consumidores será divulgada na apresentação do estudo na Usenix Security Conference, em agosto.

ZAP //

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2 Comments

  1. É o que dá a Google Play Store ter controlo de qualidade 0. É por estas e por outras que prefiro iPhones e iPads, entre muitas outras razões.

  2. Tenho android e devo dizer que a Apple é a empresa que mais se esforça em proteger o utilizador a Google é disfarçadamente o oposto!

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