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App da Proteção Civil da Madeira acelera socorro às vítimas há um ano (e parece estar a resultar)

Paulo Cunha / Lusa

Um ano e nove mil downloads depois: o ProCiv Madeira, a aplicação para smartphones que tem reduzido o tempo de socorro, parece estar a ter resultados positivos.

José Dias, presidente do Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira (SRPCM), explica que esta aplicação “surgiu da necessidade de traduzir um socorro mais eficaz e eficiente”.

O ProCiv Madeira, a aplicação para smartphones que tem reduzido o tempo de socorre e ajudado os utilizadores a encurtar distâncias para os principais serviços de saúde e emergência, foi lançada em abril de 2017 e atualizada este mês de maio.

Pouco mais de um ano depois, o balanço é muito positivo. José Dias refere que situações de emergência, como operações de resgate em montanha, prolongavam-se por largas horas, mas agora, graças à aplicação, são muito mais rápidas.

Segundo o Público, entre as várias funcionalidades do ProCiv destaca-se a geolocalização. Sempre que a chamada para o 112 é realizada através da aplicação, a Proteção Civil consegue saber o local exato do pedido de socorre, uma informação especialmente útil numa região em que, anualmente, perto de uma centena de turistas se perdem ou sofrem acidentes na montanha.

Além disso, esta funcionalidade é também muito importante nos casos em que, por algum motivo, a vítima não consegue pormenorizar a sua localização, mesmo sendo uma vítima local.

Certo é que a aplicação, desenvolvida pela start-up madeirense Dobsware, tem impressionado as autoridades nacionais ligadas à proteção Civil e aumentado o interesse neste tipo de sistema de alertas automático que a app disponibiliza. David Olim, CEO da Dobsware, disse ao diário saber da existência “de alguns contactos entre a Proteção Civil nacional e o serviço regional, mas até agora não houve nada oficial“.

Em português, inglês, alemão e francês, a aplicação está disponível para os sistemas IOS (Apple) e Android (Google) e permite contactar diretamente os serviços de emergência a partir do menu inicial. Aí, é feita a triagem e o pedido de ajuda é classificado numa categoria mais específica: incêndio, ambulância, caminhadas ou geral.

Além disso, a aplicação pode fornecer dados adicionais ao 112, uma vez que permite a criação de um perfil de cada utilizador, com informações genéricas como a idade e os contactos pessoais, a detalhes mais específicos como o tipo sanguíneo ou doenças conhecidas.

“Se o perfil médico estiver preenchido, quando o utilizador contactar os serviços de emergência através da app, além de indicar a sua localização está a adiantar um conjunto de informações relevantes”, explica David Olim.

Com esta aplicação instalada, o utilizador passa também a receber os alertas emitidos pelo Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira e pelo Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA) que sejam relevantes para a aérea geográfica onde se encontra.

Desta forma, passa a ter acesso a boletins informativos sobre a situação operacional nesse momento, indicações de estradas encerradas e percursos alternativos, contactos e direções para farmácias, postos florestais, centros de saúde ou hospitais, forças policiais e bombeiros, e até para o local onde está o desfibrador automático externo mais próximo.

David Olim refere que a Dobsware analisou aplicações semelhantes quando estava a trabalhar na ProCiv Madeira e uma delas foi a Prociv Azores, que começou a funcionar em março de 2016. A particularidade mais evidente desta aplicação é a atenção dadas aos sismos que, na Madeira, foi substituída pelos incêndios e acidentes em montanha.

ZAP //

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