Uma sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã revela que o Bloco de Esquerda perdeu três pontos percentuais nas intenções de voto, caindo para 7,7%.
Segundo o Jornal de Negócios, o Bloco de Esquerda saiu penalizado em relação às intenções de voto depois de ter chumbado o Orçamento de Estado para 2021 (OE2021) na generalidade. O partido de Catarina Martins perdeu mais de três pontos nas intenções de votos dos portugueses, reunindo 7,7% das preferências.
Apesar de ter perdido pontos, o Bloco mantém-se em terceiro lugar. O PS baixa ligeiramente, mas continua à frente com 37,1% das intenções de voto, seguido pelo PSD com 24,2% – que também teve uma pequena descida.
A mesma sondagem mostra que os sociais-democratas teriam de se aliar aos três partidos à direita para passar os socialistas.
O Chega aparece em quarto lugar com 7,3% das intenções de voto e o PAN em quinto com 5,3%. Atrás surgem a CDU (4,9%), o CDS (4,1%), a Iniciativa Liberal (3,3%) e o Livre (1,8%).
Segundo a sondagem, o PAN parece ter sido o partido que capitalizou mais intenções de voto perdidas pelo partido liderado por Catarina Martins.
Costa e Rio em queda
António Costa, líder do PS, viu a sua avaliação cair para uma nota de 3,2. Já Rui Rio, líder do PSD, passou para uma avaliação negativa de 2,9. A bloquista Catarina Martins cai para uma nota de 3 valores.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa (2,7), o líder do PAN, André Silva (2,9), e os presidentes do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos (2,7), e da IL, João Cotrim Figueiredo (2,7) melhoram as suas notas, embora se mantenham negativas.
André Ventura, líder do Chega, continua a ser o líder mais mal avaliado (2).
Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, baixa a nota de 3,8 valores para 3,6.
Metade dos inquiridos rejeita chumbo do Bloco
O mês foi marcado por uma tensão entre o PS de António Costa e o Bloco, que o primeiro-ministro acusou de “desertar da esquerda” para se “juntar” à direita. Já o Bloco acusou o Governo de retroceder face aos avanços alcançados pela geringonça e de manter o pior das medidas da governação PSD-CDS.
Questionados sobre se o Bloco “fez bem em votar contra o OE2021”, quase metade dos inquiridos (49,1%) respondeu que “acha que não”, o que compara com 33,6% dos entrevistados que “acham que sim”
Quanto ao PCP, 63,2% dos entrevistados consideram que o partido chefiado por Jerónimo de Sousa fez bem ao abster-se. Já 20,9% dos inquiridos acham que o PCP fez mal.
Além disso, 54,8% dos portugueses acredita que, apesar de o OE2021 ter passado na generalidade, não é ainda possível afastar a possibilidade de uma crise política. Apenas 32,2% afasta um cenário de instabilidade política.