Apoiantes de Maduro invadem Parlamento e fazem pelo menos 13 feridos

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Miguel Gutierrez / EPA

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Pelo menos 13 pessoas ficaram feridas, esta quarta-feira, na sequência do ataque ao Parlamento, em Caracas, por civis armados afetos ao regime, mantendo-se os deputados, funcionários e jornalistas fechados no edifício, que está cercado.

Três deputados figuram entre os feridos resultantes do ataque, que ocorreu durante uma sessão especial comemorativa do 206.º aniversário do Dia da Independência, entretanto suspensa.

O ataque foi precedido por uma visita do vice-presidente da Venezuela, Tarek El Aissami, que, conjuntamente com vários membros do Governo venezuelano, e cerca de 300 apoiantes, entrou no Parlamento para realizar um ato no salão Elíptico, onde está a ata da Independência da Venezuela.

“Estamos nas instalações de um poder do Estado, sequestrado pela mesma oligarquia que traiu a Bolívar (Simón)”, disse, num discurso em que defendeu a convocatória a uma Assembleia Constituinte feita pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

A visita de El Aissami foi feita sem informação prévia à mesa da Assembleia Nacional, onde a oposição é maioritária.

À saída, as portas do Parlamento ficaram abertas permitindo a entrada dos ‘coletivos’ [denominação por que são conhecidos os grupos de civis armados afetos ao regime] que lançaram engenhos explosivos e ameaçando sequestrar os deputados.

Segundo a agência EFE, 120 trabalhadores, 180 jornalistas e 94 deputados permaneceram “sequestrados” no interior do Parlamento e só conseguiram sair mais de sete horas depois.

“Atiraram-nos pedras, ameaçaram-nos. Só nos salvámos porque passou um autocarro e conseguimos fugir”, indicou uma jornalista, que preferiu não ser identificada, à agência espanhola.

A oposição responsabilizou Maduro pelo ataque e acusou a Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar), que deveria proteger o Parlamento, de permitir o acesso dos manifestantes e de agir com passividade.

Na Venezuela, as manifestações a favor e contra o Presidente Nicolás Maduro intensificaram-se desde 1 de abril, depois de o Supremo Tribunal de Justiça divulgar duas decisões que limitavam a imunidade parlamentar e em que aquele órgão de soberania assumia as funções do Parlamento.

Entre queixas sobre o aumento da repressão, os opositores manifestam-se ainda contra a convocatória de uma Assembleia Constituinte, feita a 1 de maio pelo Presidente.

Pelo menos 91 pessoas já foram assassinadas desde que os protestos começaram.

ZAP // Lusa / EFE

3 Comments

  1. ROUBO DE MATERIAL DE GUERRA
    Fala quem sabe da coisa, não os pseudo-comentadores da treta.
    ROUBO DE MATERIAL DOS PAIÓIS NACIONAIS DE TANCOS
    Digo roubo e não assalto porque, até à data, nada foi divulgado que leve a concluir que o tenha sido !…
    Gostaria, no entanto, de dar alguns esclarecimentos, para quem não esteja familiarizado com esta problemática, e saber a resposta a algumas perguntas :
    – O perímetro de paióis de Tancos é uma zona isolada, dado o perigo que representa, sob o controlo da Escola Prática de Engenharia por ser, se não estou enganado, a unidade mais próxima;
    – Normalmente as unidades de engenharia, dada a sua especificidade, tinham, para efeitos de segurança, o reforço de uma companhia de Infantaria (lembro-me que assim era no Regimento de Engenharia de Luanda);
    – Dadas as restrições orçamentais que foram implementadas nas Forças Armadas, desde há cerca de duas décadas ou mais, por decisões políticas, contrariamente ao que alguns nos querem fazer crer como um facto ocorrido apenas desde há poucos anos, levou a que o primeiro e drástico corte se verificasse no efectivo de pessoal;
    – Pela razão anterior, a Escola Prática de Engenharia deixou há muito de ter pessoal que lhe permitisse a exclusividade da segurança da zona de paióis em questão. Por isso, o esforço em pessoal, necessário à segurança dos paióis, passou a ser rotativo entre 5 unidades;
    – Pela mesma razão, os orçamentos pouco mais comportavam que o pagamento ao pessoal, quanto mais fazer grandes obras ou aquisições, apenas feitas com autorização de “Lisboa” ;
    – Por directiva política, as sentinelas nos nossos quarteis andam com um carregador na arma, sem munições, e outro, nas cartucheiras, com poucos cartuchos e lacrado. Em caso de emergência, têm que tirar da arma o carregador vazio, pegar no carregador que têm na cartucheira, deslacrá-lo, colocá-lo na arma, puxar a culatra atrás e enfrentar o inimigo. Entretanto, já estaria morto ou neutralizado. Custa a acreditar, não custa ?!…Mas é a realidade, ditada por políticos (de todos os quadrantes), inspirados na “guerra do Solnado”, única referência que têm, dado que, a maioria, não prestou serviço militar;
    – Pergunto, porque ainda conheço dados sobre isso: quem me garante que o roubo foi feito de uma só vez e não aos poucos, ao longo de X tempo ?
    – Que provas há de que foi feito de uma só vez ?
    – Há sinais de arrombamento do portão para que pudessem entrar viaturas para transporte do material ?
    – Há rastos dessas viaturas ?
    – Há algum registo do pessoal empregue, ao longo do tempo, na segurança dessas instalações, para averiguações sérias que permitam seguir o rasto do pessoal que entretanto passou à disponibilidade ?
    – Qual a periocidade de conferências do material dos paióis e há quanto tempo foi feita a última ?
    RESPONDA QUEM SOUBER, SEM OS SUBTERFÚGIOS DO COSTUME !…

  2. Uma ditadura fascista bem montada ao serviço do ditador Maduro mas esta como todas as outras também há-de ter os seus dias contados!

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