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Apagão. Juan Guaidó pede que seja decretado estado de emergência

Rayner Peña / EPA

Juan Guaidó

O autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, entregou esta segunda-feira um pedido à Assembleia Nacional para ser decretado o estado de emergência no país.

A Venezuela depara-se desde quinta-feira com um corte de eletricidade que está a afetar várias zonas da capital, Caracas, e mais de metade do território.

Juan Guaidó, autoproclamado Presidente interino da Venezuela, entregou esta segunda-feira um pedido à Assembleia Nacional para ser decretado o estado de emergência no país. O anúncio foi feito pelo próprio através do Twitter.

“Cumprindo com as minhas competências constitucionais como Presidente, enviei à Assembleia Nacional o pedido para que se decrete o estado de emergência em todo o território nacional devido à tragédia que se vive no país por causa do apagão nacional continuado”, escreveu Guaidó.

O líder da oposição justifica que o pedido surge conforme o artigo 338.º da Constituição da Venezuela e que toda a situação do apagão “não é produto de nenhuma circunstância natural ou acidental senão consequência lógica da incapacidade e corrupção com a qual se trabalhou a criação e distribuição dos recursos técnicos e económicos requeridos para o desenvolvimento adequado da indústria elétrica”.

O Presidente interino da Venezuela sublinhou ainda que com os cortes elétricos no país “já se contam dezenas de perdas humanas”, considerando que a interrupção do fornecimento elétrico fez com que os equipamentos necessários para preservar as funções vitais dos pacientes nos hospitais tenham deixado de funcionar.

Guaidó atribuiu ainda responsabilidades ao “regime usurpador e os seus antecessores” pelo “desastroso desempenho da indústria elétrica” na Venezuela, ordenando ainda à disponibilidade das Forças Armadas bolivianas “para que forneçam a devida proteção”.

A Venezuela depara-se desde quinta-feira com um “apagão” que afeta quase todo o país, embora a energia já tenha sido parcialmente restabelecida na capital, Caracas. O corte elétrico ocorreu às 17h locais (21h em Lisboa). A Empresa Elétrica Nacional (Corpoelec) reagiu quase de imediato, ao anunciar que a distribuição de energia foi sabotada na instalação de Guri, a mais importante de todo o sistema.

O ministro responsável pela área, Luis Motta Domínguez, assegurou em declarações à televisão estatal VTV que o corte se devia a uma “sabotagem”.

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou o “imperialismo norte-americano” de estar numa “guerra elétrica” contra a Venezuela, e vários outros funcionários também nomearam Washington. Em contrapartida, os especialistas atribuem o fracasso à falta de investimento do Governo na manutenção da infraestrutura.

ZAP // Lusa

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