/

António Costa viveu em duplex construído contra parecer da Câmara

5

SedeNacionalPartidoSocialista / Facebook

O secretário-geral do PS, António Costa

António Costa residiu num duplex, no centro de Lisboa, cuja construção está envolta em polémica, depois de os técnicos da Câmara terem chumbado o projecto.

O jornal Público adianta que António Costa viveu, durante dois anos, num duplex novo na Avenida da Liberdade, que terá sido construído contra um parecer técnico do Núcleo Residente da Estrutura Consultiva do Plano Director Municipal.

O líder do PS terá residido no apartamento entre Julho de 2012 e o final de 2014, altura em que se mudou para a moradia onde reside actualmente, no concelho de Sintra, alegando uma queda nos seus rendimentos.

António Costa terá feito o contrato de arrendamento desse duplex em 2012 e pagaria 1.100 euros de renda.

O Público também faz referência ao facto de António Costa ter entregue, no Tribunal Constitucional, a sua declaração de rendimentos com um atraso de 46 dias, atestando valores do trabalho dependente, enquanto presidente da Câmara de Lisboa, da ordem dos 63 a 73 mil euros, e verbas do trabalho independente que rondam os 76 a 93 mil euros.

Os valores alusivos ao trabalho independente “resultam exclusivamente da colaboração com a SIC Notícias, no programa Quadratura do Círculo, e na Cofina, relativos a coluna no jornal Correio da Manhã“, cita o jornal.

Quanto ao atraso na entrega da declaração, António Costa alegou que estava à espera de uma certidão predial relacionada com a aquisição de um apartamento por parte da mulher, mas o Público sustenta que esse documento não é necessário para entregar a declaração de rendimentos.

Quanto ao duplex na Avenida da Liberdade, no âmbito de obras de ampliação no edifício onde se situava, houve um parecer desfavorável do Núcleo Residente da Estrutura Consultiva do PDM, em Setembro de 2008, por causa da cobertura do edifício.

Mas, em Dezembro de 2008, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, terá optado por privilegiar outro parecer, emitido pelo IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico), que considerava que o projecto estava em “relação harmoniosa” com a estrutura já existente.

A obra acabou por ser aprovada em Janeiro de 2009, “com votos 12 votos a favor e quatro contra (do PSD e de um vereador independente)”, descreve o jornal.

ZAP

5 Comments

  1. O caso de viver numa casa que ainda não está totalmente acabada de obras não quer dizer nada mau. Mau mesmo mau é andarem a perder tempo com isso, não era melhor preocupare-se porquê as pessoas se transformam em sem abrigo.

  2. Eles estgudaram todos pela mesma cartilha.
    Uns mais que outros, mas é evidente os rabos de palha e sempre que se dá uma cavadela, é só minhocas.

  3. Eu não sou socialista, antes pelo contrário, mas não me parece correcto fazer deste caso uma notícia. O senhor não violou qualquer lei, a obra foi aprovada, e para além de tudo isso, ele é arrendatário.
    Não se pode fazer política a qualquer custo. Este é o tipo de jornalismo sensacionalista, que deveria ser banido dos média.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.