António Costa também viajou a convite de multinacional

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Paulo Vaz Henriques / portugal.gov.pt

O primeiro-ministro António Costa

O primeiro-ministro aceitou viajar, em 2008, a convite da Cisco para ser orador numa conferência em Amesterdão, quando era presidente da Câmara de Lisboa. O gabinete de Costa confirmou as viagens, mas foi a autarquia que suportou todos os custos.

Segundo o jornal Sol, António Costa, enquanto presidente da Câmara de Lisboa, viajou em 2008 para Amesterdão, na Holanda, a convite da Cisco para ser orador numa conferência da empresa norte-americana.

Meses antes dessa viagem, também o vice-presidente da autarquia, Marcos Perestrello, que agora é o atual secretário de Estado da Defesa, viajou até São Francisco em substituição do atual primeiro-ministro por “questões de agenda”.

Também viajaram Maria da Graça Carvalho, na altura ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior dos Governos de Durão Barroso e Santana Lopes, e o membro do Conselho de Administração da Agência de Cooperação dos Reguladores de Energia, Jorge Vasconcelos.

No entanto, acrescenta o jornal, os cerca de 1.500 euros de custos foram suportados pela própria autarquia, com dinheiros públicos.

De acordo com a revista Sábado, que cita o Sol, no seguimento destas viagens, a Câmara de Lisboa e a empresa norte-americana assinaram diversas parcerias e contratos de serviços, sobretudo no que toca a tecnologias para cidades inteligentes.

Três meses depois da ida a São Francisco, a autarquia e a Cisco anunciaram um protocolo, com a colaboração do Ministério da Educação e da EDP, onde seriam criados projectos para aumentar a eficiência energética.

O Sol adianta que todos os contratos foram estabelecidos através de adjudicações diretas, sendo que apenas dois não foram realizados com a Novabase. Um dos contratos, com data de 16 de fevereiro de 2016, foi assinado com a OCTAL – Engenharia de Sistemas e o outro foi com a Informantem, empresa de Henrique Muacho, ex-candidato a uma freguesia de Odivelas pelo PSD e julgado por sete crimes num caso de corrupção.

Ao jornal, a Cisco garantiu que “trabalha em conformidade com as leis anticorrupção em Portugal e em todos os países onde está presente”. “Temos uma longo compromisso para o cumprimentos dos mais elevados padrões éticos de negócios e de confuta profissional”, sublinha fonte oficial da empresa, citada pela Sábado.

O caso das viagens pagas a políticos por empresas começou em 2016, quando a Galp pagou a ida de três secretários de Estado do atual Governo, que entretanto se demitiram, ao campeonato europeu de futebol em França.

Já este ano, em agosto, o Ministério Público abriu uma investigação relacionada com o pagamento pela NOS a dirigentes do Ministério da Saúde de viagens e estada na China.

O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa também está a investigar o caso das viagens pagas pela tecnológica norte-americana Oracle a altos quadros do Estado Português.

Por sua vez, a PGR está a “recolher elementos” sobre alegadas viagens de dezenas de autarcas à sede da Microsoft, nos EUA, desde 2011, a convite da empresa, que tem vindo a vender serviços aos municípios.

ZAP //

26 Comments

    • eu viajei…. mas paguei do meu bolso.
      tu viajaste mas pagaste tambem
      ela (a maria) viajou…mas foi a bo(r)-da casa dela.
      nos viajamos a feira do relogio
      vos viajastes as selvagens
      eles viajam e viajaram para tudo o que é destino, a borla e a conta de ajustes diretos e de outros apiritivos variados…lembram se do calheiros ???e do europeu de frança?

    • Olha, lá na tua empresa, é quem te apetecer a ti e a ela – desde que não seja pago com o meu dinheiro ou dos meus impostos, nem a viagem sirva para influenciar decisões que tenham a ver com o meu dinheiro e dos meus impostos.

      • Tem razão na viagem. quanto ao restante , percebe-se que o Aborto… jamais viajaria à conta de quem quer que fosse…
        É um “Aborto perfeito”….

  1. Que CORJA …
    Razão tinha o Champalimaux qd regressou a Portugal..que disse alto e bom som
    “Portugal é um País da BRINCADEIRA

  2. Pagar o governo ou pagar a C. M. de Lisboa é gastos públicos e sai dos nossos impostos, basta de viverem há custa do Zé Povinho…
    Devem pagar pela sua algibeira e não aproveitarem-se que foi de dar alguma palestra ou um passeio, á conta dos Zé Povinhos?..
    É tudo a sacar, e até já a mulher a filha de António Costa já se estão a fazer ao tacho…
    Vergonhoso, é assim que vai Portugal, a caminho do Abismo, não tenha dúvida, ano menos ano lá vamos para pedir há TROIKA e União Europeia…pois estamos a seguir o homem da flauta Mágica e assim os ratos caíram no mar e nós?
    Vamos por mesmo caminho…

    • Atenção que há de haver é diferente de à…
      Você deve ter andado na escola do seu colega de partido Miguel Relvas.
      PSD no seu melhor… mt bom!

  3. Chegou o momento se dizer basta! a este tipo de notícias “jornalísticas” que mais não são do que malévolas e para ver quem põe cá fora mais “escândalos”
    A inveja e a maledicência são características inelutáveis de um jornalismo medíocre.

    • Falou-se da Huawei, depois da Oracle, depois da Microsoft, e só agora é que é o tempo de dizer basta? Porque será? Só basta quando não convém?
      Mas o que é isto??
      Se calhar é mas é tempo de dizer basta a quem diz que é tempo de dizer basta de notícias.
      Já bastaram os 48 anos da outra senhora, ou não?

      • A língua portuguesa é muito complicada, nomeadamente para aqueles que dão a entender que tem 4ª classe mal tirada, o que, pelo visto, não será o caso
        Basta, significa chega, acabe etc,etc,etc.
        Fazer uma interpretação pafiosa do comentário que teci, é no mínimo de alguém mal intencionado e ressabiado

      • Como de costume, quando não há argumento para rebater as ideias, resta o insulto e o rebaixamento. Muito trotskista. Adoro!

      • Eu não posso insultar quem não se identifica.
        Seria uma cobardia.
        Apenas o (a ) aconselho a ler . Faz bem e ocupa alguns neurónios.
        Quanto ao resto estamos conversados, a menos que diga quem é
        .

  4. isto faz lembrar a lista do panamá. lançaram meia duzia de nomes p’rá fogueira e os outros milhares não se chega a saber quem eram nem se eram mais ou menos prejudiciais ao País. os pafiosos enquanto desgoverno correram meio mundo sem que se tivesse visto resultados positivos pró País, alguém sabe o que andaram a fazer e a mando de quem? desinformação, confusão e intoxicação do zé povinho organizada pelos mesmos de sempre os fiéis publicitários do tal juiz que também tem amigos e corruptos.

  5. Pois é, agora já se compreende e se explica a cumplicidade de António Costa ao defender em 2016 os então secretários de Estado que viajaram a custos da GALP para assistirem aos jogos de Portugal, não os demitindo de imediato. Foi preciso passar um ano e como estes iam ser constituídos arguidos foram eles que se demitiram. São todos “farinha do mesmo saco”. Como se relata na noticia, após estas viagens lá apareceram as contratações por ajuste directo, isto é, não há “almoços grátis”. Isto é o que vem à tona, mas continuamos a desconhecer tudo o que fica por “baixo da mesa”… Destes políticos estamos fartos.

    • 1000% de acordo. ainda bem que há jornalistas que relatam estes factos….no covil do rato ja devem estar a preparar uma intervençao financeira ou uma opa ao jornal que publicou esta noticia. ate ja adivinho quem vai mobilizar a acçao, o pedro soares ou a lena ou o secretario secreto do salgado

  6. Mas ele foi orador de que temática?? Se a Câmara pagou a viagem ele foi em trabalho. Se era o presidente da Câmara que trabalho de oratória era esse tão necessário?? Após esse trabalho de oratória supostamente bem feito resultou a Câmara adquirir bens e serviços à CISCO por adjudicação direta. Não percebo a parte em que ele foi orador, talvez a dizer que Lisboa não tinha inteligência suficiente e era necessário adquirir à CISCO o segredo das cidades inteligentes? Supostamente ele deveria ter ido como ouvinte da proposta. Se foi como orador porque a CISCO não pagou os serviços do Sr. Presidente à Câmara de Lisboa?

  7. Vale tudo. Quando se chega ao poder com os votos do zé povinho (dos tolos que ainda votam) entra-se num paraíso próprio de mordomias, de ganâncias, de votar os gatázios a mais valias para enriquecer o mais depressa possível, de viajar a torto e a direito em nome do interesse nacional que aqui não é mais do que uma metáfora para reuniões que têm sempre um lado lúdico com pu**, pan** e vinho verde que quer dizer champanhe do bom e do melhor. Enquanto isto, temos uma multidão de famintos a quem ensinaram a disfarçar-se de “classe média” que suportando infernais condições conseguem viver com vencimentos de 800€ para baixo. Enquanto isto, a corrupção é generalizada, generalizada nas autarquias, generalizada nos ministérios, generalizada nos serviços, generalizada em sectores do ensino (aqui há casos de bradar aos céus pela astúcia, profissionalismo e dissimulação) , generalizada onde há dinheiros públicos a circular. A verdade é esta: os portugueses não acreditam em si mesmos, não acreditam em Portugal e quando têm poder roubam o mais que podem e erguem o nariz olhando só para a caça grossa, quando a há. Olhem só para a galeria dos “heróis nacionais”, saídos quase todos de quadrilhas politicas, uns condenados outros sobre fortes suspeitas, olhem só para os limas (um destes é até suspeito de crime de sangue), para os varas, para os granadeiros e para os rendeiros, para os oliveiras costas e para os salgados, para os josés e para os mirandas, para os bavas e para os mesquitas, etc. Enfim, tudo jarras da mais fina extracção. Portugal precisa há muito de uma enorme lavagem moral, mas ninguém faz a menor ideia de como se podem atar os vorazes anti-cristos que nos “mandam” para a fazer na paz de Deus e com a competência de seu filho, Jesus Cristo, nosso irmão.

    • gostei do comentario, quase um artigo de opiniao….só nao percebi o epilogo!!! ” que nos “mandam”…….???
      ja agora gostava que completasse o seu texto .

      • Agradeço, Sr. José Oliveira, as suas palavras e o incentivo que lhes está associado. Quanto à expressão «(…) vorazes anticristos que nos “mandam”» não é mais do que uma outra forma de me referir aquelas pessoas que, sem princípios e sem valores morais, mandam em nós, primeiro pela titularidade do cargo e, depois, por Leis, Decretos-lei, Despachos, Portarias, etc., que, muitas vezes são feitos à medida ou por medida de quem detém o poder e dos interesses próprios e não do bem comum.
        Cumprimentos.

      • muito certo!!!! calculei que fosse esse o sentido da frase. obrigado pela explicaçao , assim ficou mais explicado ainda quem sao esses que nos comem a carne e roem os ossos….

    • Era de um Sebastião José de Carvalho e Melo, que Portugal precisava agora com muita urgência.
      Para que fizesse com a corja o mesmo que ele fez com os jesuítas.
      Marquês, Marquês, porque é que não vens cá outra vez?

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