O Supremo Tribunal do Ruanda condenou o professor Emmanuel Mbarushimana a prisão perpétua por crimes de genocídio em 1994, nos quais morreram pelo menos 800 mil pessoas em cem dias.
Emmanuel Mbarushimana foi considerado culpado de cumplicidade, conspiração, homicídio e extermínio, sendo acusado de ter estabelecido controlos numa estrada numa província do atual distrito de Gisagara onde foram mortos centenas de tutsis e onde Mbarushimana era então inspetor escolar.
O tribunal também considerou que foi um dos líderes que organizou e executou um ataque aos tutsis nas colinas Kibuye no sudoeste do Ruanda.
Mbarushimana foi extraditado pela Dinamarca em 2014 para ser julgado pelo sistema judicial do Ruanda, tendo apelado ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, alegando que não teria um julgamento justo no seu país.
O conflito do Ruanda eclodiu a 6 de abril de 1994 após o assassinato do então presidente Juvénal Habyarimana, que morreu após o avião em que viajava ter sido abatido. Contudo, o conflito entre o Presidente e os rebeldes da Frente Patriótica do Ruanda vinha de trás.
Após a morte de Juvénal Habyarimana seguiu-se um massacre que levou ao massacre de mais de 800 mil tutsis e hutus moderados em pouco mais de três meses, com os rebeldes tutsis da Frente Patriótica a serem acusados do genocídio.
ZAP // Lusa