Ano de sonho para a banca portuguesa. Novo Banco regista lucros históricos

Os lucros do Novo Banco subiram quase 50% – para 638,5 milhões de euros – entre janeiro e setembro. O BCP, o Santander e o BPI já tinham registado lucros históricos. Devem os bancos, neste cenário, reduzir as comissões bancárias?

O Novo Banco teve lucros históricos de 638,5 milhões de euros, entre janeiro e setembro deste ano, mais 49% do que nos primeiros nove meses de 2022, divulgou o banco, esta quinta-feira.

A margem financeira (diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos nos depósitos) duplicou para 831,2 milhões de euros.

No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco refere que tal margem financeira “é reflexo da melhoria da taxa de juro média dos ativos que superou o aumento do custo de financiamento”.

O Novo Banco informou ainda ter um “sólido modelo de negócio doméstico e simples” que leva a esta “rentabilidade crescente”, cita o Dinheiro Vivo.

Ano de sonho para a banca

Este está a ser um ano de sonho para os bancos, em Portugal. Além do Novo Banco, também o BCP, Santander e BPI já tinham anunciado subidas nos lucros.

À Antena 1, o economista Filipe Grilo considera que os bancos devem agora reduzir as comissões bancárias.

“É certo que os bancos têm de ter lucro para permanecerem saudáveis, mas, por outro lado, não nos podemos esquecer que, quando os bancos tinham taxas de juro muito baixas, decidiram subir consideravelmente as comissões”, apontou.

“Portanto, eles [os bancos] disseram-nos que era preciso subir as comissões porque o negócio, com os juros, não dava dinheiro suficiente para a sua atividade… mas agora eu proponho o seguinte: já que agora os juros estão a dar muitos lucros, eu propunha que reduzissem as comissões, precisamente, na mesma proporção“, sugeriu o economista.

ZAP // Lusa

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