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Angola pediu ajuda a Portugal para “apanhar” fortunas de ex-governantes

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Mário Cruz / Lusa

A Procuradoria Geral da República (PGR) de Angola solicitou à justiça portuguesa o apoio para localizar bens, investimentos e contas bancárias que ex-governantes do país têm em Portugal. Um pedido de cooperação que surge no rescaldo do caso “Luanda Leaks” que envolve Isabel dos Santos.

O pedido da PGR angolana terá sido feito no passado dia 23 de Janeiro, aquando da reunião entre o Procurador Geral de Angola, Hélder Pitta Grós, e a sua homóloga portuguesa, Lucília Gago, como apurou o Jornal Económico junto de fonte judicial.

Nesse encontro, terá estado presente também a directora do Serviço de Recuperação de Activos (SRA) da PGR de Angola, Eduarda Rodrigues, que terá levado documentos relativos a vários processos-crime que envolvem angolanos e suspeitas do desvio de fundos públicos do país.

Entre os nomes que surgem nesses processos estão figuras como o general Higino Carneiro, os ex-ministros Manuel Rabalas e Joaquim Sebastião, e o ex-director do Instituto Nacional de Estradas de Angola, entre outros políticos, militares e empresários.

O alvo da PGR de Angola são imóveis de luxo e outros investimentos imobiliários, bem como contas bancárias que alguns ex-governantes angolanos têm em Portugal.

Em Janeiro passado, quando esteve em Portugal, Pitta Grós assumiu perante os jornalistas que veio pedir ajuda para “muita coisa”, mas não fez mais esclarecimentos sobre o assunto. O encontro com Lucília Gago surgiu no rescaldo dos “Luanda Leaks” que envolvem a empresária angolana Isabel dos Santos em suspeitas de desvio de fundos públicos, nomeadamente da petrolífera estatal de Angola, a Sonangol.

ZAP //

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