A Corticeira Amorim estabeleceu uma parceria com a Nike para o desenvolvimento de um produto inovador e ecológico que é fabricado em Portugal, a partir de ténis reciclados e de cortiça. O “Amorim-Nike” será usado em obras em casa e será exportado para países como EUA, França e Alemanha.
Esta parceria entre a Corticeira Amorim e a Nike surge do crescente interesse da empresa portuguesa pela chamada economia circular, bem como da aposta na sustentabilidade e na preservação do ambiente. Mas também assenta na necessidade de encontrar novas formas de produção e produtos inovadores, para rentabilizar as receitas.
O “namoro” com a Nike começou “há um ano e meio”, como revela o presidente do Conselho de Administração da Corticeira Amorim, António Rios Amorim, em entrevista ao Eco.
“Trabalhámos com equipas deles de sustentabilidade em Seattle, depois o assunto foi para a Holanda. Criámos uma linha de produção para a economia circular, para ver como podemos valorizar os subprodutos ou resíduos de outras indústrias, combinando-os com as vantagens técnicas e ambientais da cortiça“, destaca este responsável.
É, neste âmbito, que surge o “Amorim-Nike”, um novo tipo de sub-pavimento “de baixíssima pegada carbónica” e que poderá ser usado “para fazer obras em casa ou na garagem”, como explica António Rios Amorim.
“No futuro, quando alguém disser “temos de substituir aqui esta borracha sintética, ou este plástico, por um produto natural”, a escolha vai ser a cortiça”, considera o responsável da Corticeira Amorim, notando que isto “já está a acontecer” nesta altura.
O “Amorim-Nike” encaixa nesta realidade, tirando partido de um projecto da Nike que recicla as “sapatilhas em fim de vida dos atletas ou dos desportistas”, como afiança o dirigente da empresa portuguesa.
O sub-pavimento que resulta da parceria “utiliza precisamente este novo material feito a partir de ténis reciclados e a cortiça“, acrescenta António Rios Amorim.
“A Nike pega nas sapatilhas em fim de vida, tritura tudo, separa a parte têxtil das solas e das espumas. Envia-nos e nós misturamos aquilo com cortiça. Este compósito vai resultar num novo sub-pavimento para a construção civil“, destaca ainda.
A produção deste material inovador vai ser feita em Portugal, havendo expectativas de exportação para “várias cadeias internacionais, como a Leroy Merlin“, para países como “EUA, França, Alemanha”, segundo nota ao Eco António Rios Amorim.
“Vai ser absolutamente fantástico do ponto de vista da pegada ambiental, do comportamento acústico e térmico“, acrescenta o responsável da Corticeira Amorim, notando que o produto já está “desenvolvido”.
“Do ponto de vista legal, o processo nunca mais tem fim, mas já há uma intenção comercial dos dois lados”, conclui.
É muito louvável esta parceria. E que a esta se sigam muitas mais, para podermos ter um mundo melhor. Parabéns ao grupo Amorim!
São lindos os sobreiros com os seus troncos cor de canela, Com a capacidade que têm para gerar negócio, para ajudar a controlar os incêndios e para alimentarem o porco preto com as suas bolotas, por que não se estimula a sua plantação?
Sabendo em media que é preciso 25 Anos até ao primeiro descortiçamento, muitos pequenos proprietários (sobretudo mais idosos), não só não suportariam o custo de preparação, plantação e manutenção, simplesmente para ver a árvore crescer, isto se nada de imprevisto suceder !….quanto aos ditos “estímulos”, só são concedidos a alguns e sabemos quais !