A busca pelo amor levou a que os norte-americanos perdessem quase 900 milhões em burlas “românticas” em 2021

Nos últimos anos, as burlas românticas têm recorrido mais a esquemas com criptomoedas. O maior aumento de casos de fraude foi entre os mais jovens.

Na proximidade do Dia dos Namorados, com o comércio e a sociedade a celebrarem o amor, é natural que muitos solteiros se sintam solitários. Mas esta busca pelo amor pode deixá-los vulneráveis a burlas, fraudes e esquemas.

O FBI estima que cerca de 24 mil norte-americanos foram burlados em mil milhões de dólares (cerca de 877 milhões de euros) em 2021, mas o número concreto só vai ser conhecido após a divulgação do relatório anual do Centro de Queixas Crime da Internet.

A Comissão Federal do Comércio (FTC) considera que o ano passado foi o mais lucrativo para estes burlões, com muitos a aproveitarem o anonimato ao pedirem transferências de dinheiro em criptomoedas.

De acordo com a Forbes, a FTC só reporta as fraudes que são denunciadas à Rede Sentinela do Consumidor (uma base de dados para esquemas e crimes como o roubo de identidade).

Os dados revelam que as perdas com as burlas românticas subiram para os 547 milhões de dólares em 2021 (480 milhões de euros), uma subida em relação aos 307 milhões registados em 2020 e aos 202 milhões perdidos em 2019.

Cerca de 25% das perdas denunciadas à FTC foram pagas com criptomoedas e registou-se um aumento do número de burlões que enganaram as vítimas ao aconselharem-nas a fazer investimentos fraudulentos.

O maior aumento de casos notou-se nas faixas etárias entre os 18 e os 29 anos, mas os mais jovens tiveram uma perda média de apenas 750 dólares, enquanto que as vítimas acima dos 70 anos registaram perdas, em média de 9000 dólares.

Em 2021, os cartões de presente foram o método de pagamento mais usado (28%), seguindo-se as criptomoedas (18%), as aplicações de pagamentos (14%), as transferências bancárias (13%) e as transferências eletrónicas (12%).

Mais de um terço das vítimas foi inicialmente contactada através do Facebook ou do Instagram, apesar de muitas também terem conhecido os burlões em aplicações de namoro.

Adriana Peixoto, ZAP //

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