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Alunos saem à rua para reivindicar fim dos exames nacionais

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O fim dos exames nacionais é uma das reivindicações que vai levar alunos do ensino secundário para as ruas de Lisboa, na próxima quarta-feira, em protesto.

A manifestação responde a um apelo da associação de estudantes da Escola Secundária de Camões, na capital, ao qual se associaram mais de 50 congéneres. Entre as suas preocupações estão ainda a necessidade de obras nas escolas e a falta de funcionários.

“O que deve ser valorizado na escola é trabalho contínuo dos alunos”, defende o presidente da associação de estudantes do antigo Liceu Camões, Simão Bento, citado pelo Público. Por isso, querem que o Governo acabe com os exames nacionais no ensino secundário e que seja também promovida uma democratização do acesso ao ensino superior.

O presidente da associação de estudantes da secundária lisboeta reconhece que o “balanço é positivo”, mas critica o Governo por “nem sempre ter as melhores prioridades”. “Vão milhões de euros para os bancos e para a NATO e não há dinheiro para as escolas”, lamenta Simão Bento.

A “falta de obras” em várias escolas básicas e secundárias e a “falta de funcionários” são, para o dirigente estudantil, exemplo do “pouco investimento no setor”. As condições físicas dos estabelecimentos de ensino estão mesmo na origem do protesto desta quarta-feira.

Em janeiro, os alunos do antigo Liceu Camões fizeram uma manifestação devido aos atrasos nas obras naquela escola, lançando depois de um manifesto nacional, que incluiu outras bandeiras como a redução do número de aluno por turma ou o fim do processo de transferência de competências na área da Educação para as autarquias, que foi subscrito por 50 associações de estudantes de todo o país.

A manifestação dos alunos do ensino secundário em Lisboa acontece esta quarta-feira, antecipando o Dia Nacional do Estudante, que se comemora no domingo. Os estudantes marcaram encontro às 10h30 na praça do Marquês de Pombal, rumando depois à residência oficial do primeiro-ministro. Vão estar representadas cinco escolas de Lisboa e duas de Loures, estando ainda em aberto a possibilidade de o protesto ser replicado no Porto, em Leiria e no Seixal.

ZAP //

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