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Alunos do privado podem continuar a consumir alimentos “proibidos” nas escolas públicas

Os alunos do ensino privado vão poder continuar a consumir alimentos que estão proibidos nos bares das escolas públicas.

O despacho publicado em Diário da República na segunda-feira, que contém a lista de alimentos que deixam de poder ser servidos nos bufetes escolares, só diz respeito aos “estabelecimentos de educação e de ensino da rede pública do Ministério da Educação”.

Isto significa que os colégios privados vão poder continuar a ter estes alimentos nos bares. Ainda assim, realça o Público, podem restringir a lista de alimentos oferecidos, mas é uma decisão que cabe a cada instituição tomar.

Sandes de chouriço, croissants, empadas ou batatas fritas são alguns dos alimentos que passam a ser proibidos nos bares das escolas públicas, onde também deixará de haver hambúrgueres, cachorros-quentes e sumos com açúcar adicionado.

Rodrigo Queiroz e Melo, diretor-executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), salientou, em declarações ao diário, que as escolas e colégios expandiram no passado o número de opções saudáveis nos bufetes e que alguns destes alimentos já não são servidos.

“A questão da nutrição tem evoluído bastante no privado ao longo dos anos. Temos opções vegan e diversificadas, também para ir ao encontro das necessidades e vontades das famílias”, referiu.

No caso dos colégios que decidam continuar a servir alguns dos alimentos “proibidos”, como o pão com chouriço, Rodrigo Queiroz e Melo garante que estão em vigor mecanismos que permitem regular as opções alimentares dos alunos, para garantir escolhas equilibradas e nutricionais.

“Muitos colégios têm pão com chouriço e pastel de nata. Não há é a possibilidade de o aluno fazer disso a sua base alimentar durante o tempo letivo”, assegurou ao Público.

“O que o aluno consome é registado e os funcionários do bar conhecem os alunos. Quando, no dia seguinte, regressam ao pastel de nata, dizem: ‘não comes’. Ou o próprio encarregado de educação avisa o colégio ou o colégio avisa os pais”, acrescentou.

ZAP //

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