Cerca de 41% das casas localizada no centro histórico de Lisboa (freguesia de Santa Maria Maior) destinam-se ao alojamento local, de acordo com dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística.
Apesar das medidas lançadas pela Câmara Municipal de Lisboa para travar a saída dos cidadãos do centro histórico da capital, os turistas continuam em força no “coração” da cidade de Lisboa. De acordo com o Jornal de Negócios, que avança a notícia nesta quinta-feira, mais de 40% das casas do centro de Lisboa são alojamentos locais.
Este valor resulta do cruzamento entre o número de casas destinadas ao arrendamento de curta duração, registadas oficialmente, com o universo de casas apuradas pelo INE durante os Censos de 2011.
Segundo o diário, trata-se de um cálculo aproximado, que pode pecar por defeito por não incluir os alojamentos ilegais e por excesso por incluir casas que deixaram entretanto de estar destinadas a turistas. Já em agosto de 2017, o Negócios já tinham feito o mesmo cálculo: na época, a percentagem de ocupação havia ficado nos 34% – ou seja, deu-se um crescimento de sete pontos percentuais.
Por cada quilómetro quadrado da freguesia de Santa Maria Maior – que abrange Alfama, Castelo e Mouraria –, há quase 3000 alojamentos locais com capacidade para albergar mais de 15 mil turistas, de acordo com os registos oficiais.
Nos períodos em que estes alojamentos estão lotados, tipicamente no verão, por cada 100 residentes há 184 a 197 turistas a pernoitar nestes bairros, aponta ainda o matutino.