Trabalho humano (e exaustivo) vai ser substituído por um processo informático, no Instituto dos Registos e Notariado.
Provavelmente poucos leitores têm esta noção, mas no momento de criar uma empresa, o nome dessa nova empresa é uma dor de cabeça para muitos empreendedores.
Chega-se a demorar semanas ou meses só para escolher a designação mais adequada – e é a apresentação do negócio, além de ser algo que é para ficar.
Quem quer um nome original, criado por si, tem de apresentar a proposta e depois espera pela aprovação do Instituto dos Registos e Notariado.
Feio & Filho, Filho do Meio, Tubarão, Fininho, O Vitinho… São todos nomes de empresas, que estão na lista do Governo.
Quem se limita às opções existentes na base de dados do Ministério da Justiça, entra no serviço Empresa na Hora e verifica que nomes estão disponíveis.
A lista é muito extensa e começa logo com o nome curioso Abelhinha Tímida. Depois apresenta designações como Bondosa Tangente, Cardume Malabarista, Concórdia Relevante, Desejos Mentolados, Eixo Baunilhado…os exemplos devem ultrapassar o milhar.
Para elaborar estes nomes que entram na lista, o Ministério da Justiça tem sempre pelo menos dois funcionários criativos a tratar só disto. E não lhes falta trabalho – mais de 80 mil empresários já utilizaram este serviço.
Mas o processo vai mudar. O Jornal de Negócios indica que o Instituto dos Registos e Notariado terá uma nova ferramenta informática, um algoritmo, que vai criar os nomes de empresas. A medida foi apresentada nesta quarta-feira, incluída no Simplex.
A tecnologia vai criar muitos mais nomes em simultâneo, comparando com o esforço humano, e vai permitir libertar quatro funcionários para tarefas mais importantes, acredita o Governo.
A ideia é também que o algoritmo consiga criar automaticamente nomes mais adequados ao ramo de negócio da nova empresa.
Foi uma startup do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, que criou esta inovação em Portugal.