Já arrancaram as deportações de imigrantes ilegais nos EUA. Imagens mostram os imigrantes algemados nos pés e nas mãos, com correntes à cintura, a entrarem num avião militar para voltarem ao país de origem.
Aviões militares norte-americanos começaram a deportar imigrantes ilegais detidos no âmbito dos planos de Donald Trump para acabar com a imigração ilegal.
Dois voos que partiram rumo ao México na quinta-feira, acabaram por não aterrar à primeira, depois de as autoridades mexicanas não lhes deram autorização.
Fonte da Casa Branca revelou à NBC News que o problema com os voos foi “uma questão administrativa” que foi “rapidamente rectificada”.
“O México aceitou um recorde de quatro voos de deportação num dia“, congratulou-se a Secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, numa publicação na rede social X, o antigo Twitter. Não especificou se foram voos militares, comerciais ou privados.
Três voos de deportação também chegaram à Guatemala com 79 pessoas.
As deportações de imigrantes irregulares dos EUA, também ocorreram durante a presidência de Joe Biden, mas o uso de aviões militares para o efeito é um dado novo.
Com imigrantes acorrentados, Trump envia “mensagem clara ao mundo”
Karoline Leavitt revelou também que foram detidos “538 imigrantes ilegais criminosos” na quinta-feira, e que “centenas” já foram deportados em aviões militares. “A maior operação de deportação em massa da história está em marcha. Promessas feitas. Promessas cumpridas”, acrescentou.
A Sky News explica que destas 538 detenções, “373 foram por alegações criminais e 165 por motivos não criminais“.
A Secretária de Imprensa da Casa Branca também mostrou imagens dos imigrantes deportados, com as mãos e os pés algemados, e correntes em torno da cintura, salientando que Trump “está a enviar uma mensagem clara a todo o mundo: quem entrar ilegalmente nos EUA, enfrentará consequências graves”.
Deportation flights have begun.
President Trump is sending a strong and clear message to the entire world: if you illegally enter the United States of America, you will face severe consequences. pic.twitter.com/CTlG8MRcY1
— Karoline Leavitt (@PressSec) January 24, 2025
Três imigrantes detidos em empresa de português em Newark
A empresa de um português, localizada na cidade norte-americana de Newark, foi alvo de uma operação do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês), que culminou na detenção de três imigrantes.
O empresário Luís Janota explicou à Lusa que cerca de uma dezena de agentes do ICE entraram na companhia ao final da manhã de quinta-feira, “sem qualquer mandato”, e “começaram a pedir papéis de identificação aos trabalhadores”.
Dos três funcionários detidos, nenhum era português, assegurou Janota, proprietário da Ocean Seafood Depot, empresa dedicada à comercialização de marisco em Newark, no estado de Nova Jérsia, no nordeste do país.
“Estes meus funcionários não são criminosos”
“Estamos no negócio há 26 anos e nunca tivemos uma coisa assim“, sublinhou Janota, notando que é a favor de “fechar as fronteiras”. “Mas se querem deportar alguém, que deportem as pessoas que são más”, e “não as que estão a trabalhar”, notou.
“Estes meus funcionários não são criminosos, trabalham connosco há vários anos”, protestou Luís Janota que diz que, agora, terá de “procurar outras pessoas” para fazerem o seu trabalho.
Quanto às pessoas detidas, explicou ainda que lhe disseram que “só poderiam sair após o pagamento de 30 mil dólares [28,7 mil euros] cada um”.
“Discriminaram os funcionários hispânicos”
Na operação em Newark, Luís Janota acredita que os agentes do ICE “estavam a discriminar os funcionários hispânicos“, realçando que desconfiaram dos “documentos do ‘manager’ do armazém, um veterano do exército, que é hispânico”.
“Mas, às pessoas brancas que lá estavam, não perguntavam nada“, criticou o empresário.
O autarca de Newark, Ras Baraka, condenou a actuação do ICE, apontando que “um dos detidos é um veterano militar dos EUA que sofreu a indignidade de ter a legitimidade da sua documentação militar questionada”
Baraka assegura que “Newark não ficará de braços cruzados enquanto as pessoas são aterrorizadas ilegalmente“, admitindo estar disposto “a defender e proteger os direitos civis e humanos”.
Há cerca de 11 milhões de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos, segundo estimativas do Departamento de Segurança Interna de 2022, o ano mais recente com dados disponíveis. Trump já disse, sem ter provas, que o número real é cerca do dobro.
A Administração norte-americana anunciou esta quinta-feira uma nova directiva para assegurar a promessa de “deportações em massa”, dando aos agentes da lei do Departamento de Justiça (DOJ), do Serviço de Marshalls, da Administração de Repressão às Drogas (DEA), do Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos, e do Departamento Federal de Prisões autoridade para investigar e deter estrangeiros ilegais.
ZAP // Lusa
E já vão tarde. Deviamos fazer o mesmo e dar ban na entrada do país para sempre. Em vez de gastar fortunas essa gente de redimirem e esperar que se tornem bons.
O Trump é rápido. Boa!
Qualquer dia calha a mesma rifa aos Americanos, já que o país vendeu a Independência a Israel, logo todos os Americanos passaram a ser estrangeiros no que era o seu próprio país.
Mas irão ser deportados para onde, já que o seu país de origem desapareceu?
São os EUA a fazer está tudo bem. Os europeus só têm que aplaudir.
Como sempre aplaudem e vão atrás do que eles fazem.
E este Sro. Empresário Português dava trabalho a 3 imigrantes ilegais, sabe-se lá o valor que lhe atribuía de vencimento. Quem dá trabalho a ilegais também devia de ser penalizado.
Usa nao é mais nosso amigo (portugal) porque nao os aceitamos mais. Digam.o q disserem é game-over! Nao aceitamos mais americanos nem queremos saber dos states! Nao ha mais conversa nem amizade. Relações totalmente cortadas. Nao precisamos deles! A europa é o 1ºmundo e o resto é conversa!
Política à parte, como se podem aplaudir gestos desumanos desta natureza?!
Era capaz de apostar que “valentes” que dão o seu acordo, são, já foram, ou têm familiares emigrantes, muitos deles a trabalharem anos a fio, sem estarem legalizados.
O que diriam de igual tratamento?
Temos de deportar os americanos que estão aqui a viver com belas reformas, vao para o pais deles