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Alforrecas e caravelas-portuguesas deixam praias da Costa da Caparica em alerta

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O aparecimento de águas-vivas e caravelas-portuguesas nas praias da Costa de Caparica, em Almada, levou a junta de freguesia a alertar os banhistas sobre cuidados a ter, enquanto a autoridade marítima acompanha o fenómeno.

Segundo explicou à Lusa o presidente da Junta de Freguesia da Costa de Caparica, José Dias Martins, a autarquia foi informada do “aparecimento no areal e espelho de água” da frente marítima entre a Cova do Vapor e a Fonte da Telha de “águas-vivas [alforrecas] e caravelas-portuguesas”.

“Vamos ter uma situação anómala”, admitiu o autarca, com base numa informação da Capitania do Porto de Lisboa, para a ocorrência de “uma grande quantidade” de organismos marinhos do tipo da caravela-portuguesa (“Physalia physalis”), dotadas de células urticantes, em particular nos seus tentáculos.

Perante o aviso das autoridades marítimas, e face ao previsto aumento da temperatura durante o fim de semana, José Dias Martins adiantou que os serviços de salubridade da Câmara de Almada vão efetuar “um reforço da limpeza do areal para recolher o máximo possível de organismos que estejam na praia”.

Embora a época balnear tenha início oficialmente em 15 de maio, o presidente da junta explicou que, além do reforço da limpeza, os apoios de praia que já possuam nadadores-salvadores vão hastear a bandeira vermelha, para proibir banhos, caso seja detetada a presença deste tipo de organismos, muito comuns nos Açores e na Madeira.

Um aviso à população, publicado pela junta de freguesia na rede social Facebook, remete para os cuidados a ter em caso de contacto, incluindo picadelas, com este tipo de organismos gelatinosos nas praias, como a medusa (ou alforreca) e a caravela-portuguesa, divulgados na página do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O comandante Fernando Pereira da Fonseca, da Autoridade Marítima Portuguesa, confirmou à Lusa que foram detetadas águas-vivas e caravelas-portuguesas principalmente na Costa de Caparica e alguns exemplares nas praias de Carcavelos e de São Pedro do Estoril, no concelho de Cascais.

O porta-voz da Autoridade Marítima salientou, no entanto, que o avistamento nas praias de Cascais foi apenas de “dois ou três exemplares”, que podem ter sido arrastados por influência dos ventos e correntes, sendo até ao momento enquadrados como um “fenómeno de natureza esporádica”.

De acordo com Pereira da Fonseca, a Autoridade Marítima está a acompanhar a evolução da situação e, caso se confirme o risco acrescido de aumento da presença destes organismos, poderá emitir um aviso para as zonas afetadas.

As previsões meteorológicas apontam para um forte aumento da temperatura até segunda-feira no continente, podendo no domingo ser superior a 30 graus e chegar mesmo a máximos entre os 35 e os 37 graus no Vale do Tejo e Alentejo, informou o IPMA.

Uma picada de uma caravela-portuguesa, por exemplo, provoca dores fortes, sensação de queimadura, vermelhidão, inchaço e comichão. Em algumas pessoas pode causa reações alérgicas com gravidade: cãibras, náuseas, falta de ar, febre, arritmias e desmaios.

O animal pode picar mesmo quando parece morto na areia e, por isso, é que pode ser tão perigoso para as pessoas, destaca a revista Visão.

ZAP //

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1 Comment

  1. Para alguém muito “inteligente” que gosta de tentar humilhar os outros, como fez comigo, afirmando que a caravela portuguesa não existe por estes lados, que é nativa da Austrália, aqui está a notícia que o vai deixar com cara de parvo.
    Toma e embrulha.

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