O plano que Costa propôs a Merkel de receber dois mil estudantes refugiados nas universidades nacionais pode ficar mais barato para Portugal: as propinas dos estudantes deverão ser suportadas pelo Estado alemão.
O Diário Económico avança que o Governo já está a preparar o protocolo com a Alemanha para que dois mil estudantes refugiados terminem os cursos em universidades e politécnicos portugueses.
Atualmente, 150 refugiados sírios estudam em Portugal, através da plataforma que foi lançada em 2013 pelo antigo Presidente Jorge Sampaio.
O Económico apurou que os estudantes serão admitidos nas instituições de forma faseada e vão ter uma propina ao nível da que é paga pelos estudantes internacionais. A taxa cobrada a estudantes internacionais nas universidades públicas portuguesas é mais elevada do que a que é paga pelos estudantes nacionais, chegando em muitos casos aos sete mil euros anuais.
As duas mil vagas resultam de um levantamento pedido pela tutela junto das instituições, mas o acordo está ainda numa fase embrionária e a tutela ainda não se reuniu com as instituições de Ensino Superior para acertar detalhes.
Cada um dos politécnicos e universidades “manifestou disponibilidade ou não para receber os alunos e quantos poderiam acolher”, explicou ao Diário Económico Joaquim Mourato, do Conselho Coordenador dos Politécnicos (CCISP).
Os lugares disponíveis para os refugiados vão fazer parte de um contingente especial, ou seja, não fazem parte do número de vagas disponíveis no concurso nacional de acesso ao Ensino Superior, para os quais se candidatam os alunos nacionais.
A distribuição das vagas entre as instituições e entre os cursos também ainda não está definida. “É uma disponibilização genérica das instituições e de Portugal e tudo ainda tem de ser trabalhado com detalhe”, afirmou António Cunha, presidente do Conselho de Reitores (CRUP), ao Económico. O reitor garante que as instituições têm “capacidade para absorver” estes alunos, que estão numa “situação especial”.
O problema, prevê o presidente do CRUP, “será o quadro de integração” destes estudantes, que será “um desafio interessante” para as universidades, não se sabendo ainda quem vai acompanhar estes estudantes e onde serão alojados estes alunos.
No entanto, num contexto de contenção orçamental, que põe as universidades e politécnicos em dificuldades financeiras, estes alunos vão permitir uma captação de receitas com um “valor significativo”, refere António Cunha.
O acordo foi anunciado esta sexta-feira por António Costa durante uma visita a Berlim, onde anunciou que Portugal está “empenhado” e “disponível” para “colaborar e ajudar a Alemanha” numa altura de forte pressão interna à chanceler alemã, Angela Merkel devido à política de portas abertas aos refugiados.
Além dos dois mil estudantes refugiados no Ensino Superior, Portugal vai acolher mais mil alunos nas escolas profissionais, revelou o ministro-adjunto, Eduardo Cabrita.
ZAP
mais um prego para o caixão dos jovens portugueses que se estavam a aventurar a Emigrar para terem uma vida melhor, dado que o nosso país não tem capacidade para receber os nosso jovens que se licenciam em Portugal.
Que polticas são estas, não se deveria primeiro tentar satisfazer os jovens europeus que não encontram emprego no espaço comunitário e assim sim, depois vamos lá tentar ajudar os Migrantes,
Estamos a dar o que não temos, nós os Europeus. Podem chamar a isto um discurso xenófabo que não tenho problemas em o assumir se assim o entenderem…..