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Túneis, estações de metro, garagens, parques de estacionamento e caves. Identificação já está a decorrer. Ideia é abrigar 1 milhão de pessoas.
“Durante muito tempo houve uma crença generalizada na Alemanha que a guerra não era um cenário para o qual fosse necessário preparar-nos. Isso mudou”.
A ameaça de uma guerra com a Rússia é real: “Estamos preocupados com o risco de uma grande guerra de agressão na Europa”.
As declarações são de Ralph Tiesler, presidente do Gabinete Federal de Protecção Civil e Assistência em Caso de Catástrofe, no jornal Süddeutsche Zeitung.
Por isso, a Alemanha vai ter mais bunkers. E já estão a ser identificados diversos locais que podem ser transformados em abrigos: túneis, estações de metro, garagens, parques de estacionamento subterrâneos e caves de edifícios públicos.
A ideia é expandir o mais rapidamente possível a rede de bunkers – num país onde há 579 bunkers operacionais, que dariam para abrigar cerca de 478 mil pessoas (menos de 1% da população alemã).
O plano, que já tinha sido sugerido no ano passado, deverá ser apresentado oficialmente neste Verão. A curto prazo, a ideia é haver espaço para o dobro: abrigos para 1 milhão de pessoas.
O investimento pode rondar 10 mil milhões de euros até 2029. Parte desse dinheiro pode servir para reactivar 2 mil bunkers dos tempos da Guerra Fria.
O plano não inclui apenas abrigos: deverá haver reforço dos sistemas de alerta à população – aplicações móveis, sinalização nas estradas e sirenes – e protecção das plataformas contra ataques informáticos.
Ralph Tiesler acha que os alemães deveriam estar preparados para eventuais falhas no abastecimento de água e electricidade. “Idealmente, cada pessoa deveria ter reservas para 10 dias”, apontou.
Em junho, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, afirmou que era necessário reforçar as capacidades operacionais das forças armadas do país, de modo a estarem preparadas para uma possível guerra até 2029.
“Precisamos de estar prontos para a guerra em 2029. Temos de atuar como um elemento dissuasor, para evitar que o pior aconteça. (…) Em caso de emergência, precisamos de homens e mulheres jovens que possam defender este país”, afirmou.
Guerra na Ucrânia
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Ameaça da Rússia é real: Alemanha vai ter mais bunkers