As Aldeias do Xisto, localizadas na região centro, já foram atingidas pela especulação imobiliária, revela uma reportagem do semanário Expresso.
Ao todo, a Rede das Aldeias do Xisto integra 27 aldeias de 16 concelhos distribuídos entre Castelo Branco e Coimbra, cujos territórios são essencialmente constituídos por xisto.
De acordo com o jornal, esta zona da região centro, que abriga uma série de casas e aldeias esquecidas, está também a sofrer com a especulação imobiliária que se vai sentido um pouco por todo o país. Uma casa de uma única assoalhada e a precisar de recuperação, em Martim Branco, pode atingir os 69 mil euros.
Esta aldeia, integrada na Rede das Aldeias de Xisto, pertence ao concelho de Castelo Branco, que tem já em curso uma bolsa imobiliária que tem como objetivo travar a escalada de preços e conseguir novos moradores para a região.
Mas o semanário Expresso apresenta outros casos, dando conta que a subida de preço atinge as próprias ruínas: na aldeia de Casal de Simão, “duas ruínas de pedra de xisto estão à venda por 31 mil euros”; ao lado, em Ferraria de São João, uma casa de duas assoalhadas custa 82 mil euros e em Proença-a-Nova, em Alvito da Beira, há quem peça “122 mil euros por uma casa rural em pedra de xisto”.
Na Lousã, outro exemplo elencado, há uma moradia a rondar os 300 mil euros.
“Muitos dos moradores nas Aldeias do Xisto convenceram-se de que ter um monte de ruínas pode ser uma galinha dos ovos de ouro e o que antes custava 300 ou 400 euros hoje pode facilmente chegar aos 20 mil, e é apenas um amontoado de pedras”, disse ao jornal Joana Pereira, empresária de turismo em Figueira, no concelho de Proença-a-Nova.
Joana Pereira dirige também a Agência para o Desenvolvimento das Aldeias do Xisto (ADXTUR), que espera que o programa “permita colocar no mercado os imóveis pelo valor certo, controlando a escalada dos preços e promovendo uma efetiva reabilitação”.
Parece que a “estupidez”….não há outro termo, chegou ás aldeias de xisto, e os INCOMPETENTES do “desgoverno” permitem esta situação, ficando de fora população que querendo comprar para habitação própria, seja literalmente roubada.
E isto vai chegar a um ponto em que o Português “normal”, para ter uma casa, tem de ir viver para fora.
Estupidez será quando chegar também às casotas dos canídeos. E o meu cão até já pôs a dele à venda no OLX e nestas últimas semanas tem sido um corropio lá em casa com cães e cadelas a entrar e a sair a todas as horas.