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Airbnb: Portugal gerou mais reservas que a Alemanha ou a China

Portugal recebeu em 2018 cerca de 3,4 milhões de turistas que chegaram ao país através da Airbnb, segundo os dados divulgados na segunda-feira pela plataforma de reservas sediada em São Francisco, nos Estados Unidos (EUA).

O impacto económico direto gerado pelos turistas que reservaram alojamento pela Airbnb ultrapassou no ano passado dois mil milhões de euros (2286 milhões de dólares), o que torna Portugal no 10.º maior mercado do mundo da plataforma, à frente da Alemanha e da China, por exemplo, revelou o Expresso.

A tabela dos países com maior receita gerada com reservas na Airbnb é liderada pelos EUA, seguindo-se França e Espanha.

De acordo com a Airbnb, cada hóspede que ficou em Portugal com reservas feitas na plataforma gastou, em média, 115 euros por dia, 41% dos gastos destes turistas ficam nos bairros em que ficam alojados. A permanência média dos turistas no destino também foi acima da média nacional, cifrando-se em 5,1 dias.

Relativamente a Portugal, foi também divulgado que 33% dos gastos dos turistas que vieram com a Airbnb foi realizado em refeições, 16% em compras, 14% em transportes e 12% em atividades culturais.

A plataforma revelou ainda que 84% dos ‘anfitriões’ portugueses que no ano passado receberam hóspedes através da Airbnb são proprietários da casa, e que este rendimento extra lhes permite uma maior folga para pagar hipotecas, despesas do lar, melhorias na habitação, entre outros.

O destaque vai ainda para o facto de 85% dos hóspedes que vieram a Portugal com reservas na Airbnb alegarem que o facto destes alojamentos “terem uma localização mais conveniente que a dos hotéis” teve influência na sua decisão de viajar para o destino.

Reservas de 86 mil milhões de euros a nível mundial

A nível mundial, o montante de reservas realizadas através da Airbnb atingiu no ano passado 86 mil milhões de euros (mais de 100 milhões de dólares), com os ‘anfitriões’ a ficarem com 97% do preço por eles próprios fixados, divulgou também esta segunda-feira a plataforma, com base num inquérito realizado pela companhia junto dos utilizadores, a par da análise de dados internos.

As reservas efetuadas nos EUA ascenderam em 2018 a cerca de 30 mil milhões de euros (33,8 mil milhões de dólares). Embora Portugal tenha atingido uma posição superior, a Alemanha e a China chegaram à mesma casa de receitas geradas com a reserva de alojamentos – na ordem dos 2,3 mil milhões de dólares, segundo os dados genéricos neste campo divulgados pela plataforma.

Em 2018, também se destacou um ‘boom’ de reservas da Airbnb em “países menos visitados”, conforme é enfatizado pela plataforma nestes últimos dados de impacto económico – onde é referido que no espaço de dois anos, entre 2016 e 2018, o volume de reservas disparou 190% na Moldávia, 187% em Vanuatu e 175% na Nova Caledónia.

Segundo a Airbnb, estes dados de impacto económico de 2018 assentaram na soma das receitas obtidas pelos donos das casas (de acordo com dados internos da companhia) e o gasto estimado dos hóspedes, o que resultou de um inquérito nos vários países com mais de 12 mil respostas.

Os dados de Portugal foram apurados com base na análise a mais de 5500 contas de anfitriões e hóspedes de alojamento.

TP, ZAP //

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