Já só faltam 15 dias para o fim do ano. Mas saiba que ainda tem oportunidade para aumentar o seu reembolso de IRS de 2024.
2024 está a dar as últimas, mas calma… ainda há muito que pode ser feito para melhorar o IRS.
O Jornal de Notícias (JN) elaborou uma lista de medidas que pode tomar para beneficiar de um maior reembolso.
O matutino contou com a ajuda da jurista da Deco Proteste, Magda Canas, para explicar os seis “truques”:
- Pedir e validar faturas
- Subscrever um PPR
- Antecipar consumos
- Gerir as mais-valias
- Atestar incapacidade
- Aderir ao IRS Jovem
Um a um:
“Pedir e validar faturas”
A primeira (e antiga) recomendação é, desde logo, pedir sempre as faturas com o número de contribuinte (NIF) e ver as rubricas que ainda não estão esgotadas.
Magda Canas alerta que as faturas de Saúde, Educação, Habitação e Lares são “as mais valiosas“.
Para que as faturas contem, têm de ser pedidas até 31 de dezembro. Não se esqueça é, depois, de as validar. Para isso tem até 15 de fevereiro – alerta o JN.
“Subscrever um PPR”
Depois das faturas, a subscrição de um Plano Poupança Reforma (PPR) é o conselho que mais permite poupar no IRS.
Contribuintes com menos de 35 anos podem deduzir um máximo de 400 euros desde que apliquem até 2000 euros em PPR. Entre os 35 e os 50 anos, pode-se deduzir até 350 euros desde que se apliquem 1750 euros. Já os maiores de 50 anos podem deduzir até 300 euros desde que apliquem 1500 euros.
“Antecipar consumos”
Se tem uma despesa prevista para o próximo ano pode pensar em antecipá-la caso ainda não tenha atingido o limite de deduções nessa categoria.
“Gerir as mais-valias”
Quanto aos rendimentos da categoria G (as mais-valias, nas quais se incluem vendas de fundos de investimento abertos, obrigações, ações nacionais e estrangeiras e o resgate de unidades de participação de fundos de investimento estrangeiros), como sugere o JN, pode ser útil vendê-los com prejuízo para diminuir o valor a pagar no IRS.
A Deco aconselha cada consumidor a fazer as contas para perceber se compensa, com recurso ao simulador disponível no portal das finanças.
“Atestar incapacidade”
Como aconcelha o JN, se um contribuinte ou um familiar teve um problema que possa dar lugar a um atestado multiuso com uma incapacidade acima de 60% tem muitas vantagens associadas. Uma delas é um regime de IRS mais favorável.
“Nesse caso, Magda Canas aconselha a falar com um médico ainda este ano, “de maneira a que esse atestado seja emitido ainda em 2024”.
“Aderir ao IRS Jovem”
Os contribuintes até ao 35 anos podem dirigir-se à sua entidade patronal e comunicar a decisão de aderir ao IRS Jovem, para que, quando for preencher a declaração de IRS, já estar preenchida nesse pressuposto.
Na frase acima “A Deco aconselha cada consumidor a fazer as contas para perceber se compensa, com recurso ao simulador disponível no portal das finanças.”, o Simulador vai para um site que nada tem a haver com o referido na frase. Sugiro que o mesmo seja retificado.
Por outro lado, as menos valias não funcionam dessa maneira, não basta declará-las, para isso no IRS tem que se optar pelo englobamento, pelo que nesse caso irão ser consideradas todos os lucros existentes, mesmo os que já pagaram IRS, como os juros das contas bancárias, etc…o que poderá ser uma verdadeira dor de cabeça para o comum dos mortais, ter uma listagem de todos os juros das contas bancárias recebidos e o respetivo imposto cobrado, entre outras coisas.