As buscas pelos restos mortais de Maëlys de Araújo terminaram, com a “quase totalidade do esqueleto” encontrada. Os investigadores forenses têm agora, pela frente, a árdua tarefa de “fazer falar” as ossadas da criança assassinada.
Enquanto os investigadores do caso esperam as explicações de Nordahl Lelandais, que alegou ter morto a menina de forma involuntária, os cientistas forenses vão começar a analisar os vestígios do corpo de Maëlys, na tentativa de encontrarem pistas sobre as circunstâncias do crime.
As autoridades afirmaram ter descoberto a “quase totalidade do esqueleto” da criança, incluindo o crânio, e também “roupas e um sapato”, numa ravina de uma montanha de Chailles, perto de Pont-de-Beauvoisin, no leste de França.
Estes vestígios vão, agora, ser passados a pente fino e, apesar de terem passado seis meses desde a morte da criança, o que terá levado à degradação dos ossos, ainda há esperança de que revelem dados sobre as causas da morte, destaca a Europe 1.
O coronel Charles Agostini, médico legista no Instituto de Pesquisa Criminal da polícia francesa, admite na France 3 que “inúmeras provas médico-legais” já desapareceram, mas sublinha que o esqueleto “ainda pode fornecer informações” úteis para o caso.
Assim, os investigadores vão começar por tentar datar a morte de Maëlys através das amostras recuperadas no local onde o esqueleto estava enterrado, analisando nomeadamente eventuais insectos detectados.
A investigação passa também por tentar encontrar elementos de prova microscópicos nas ossadas e por procurar substâncias toxicológicas.
O objectivo é “recuperar todos os elementos” e “estudar o seu posicionamento”, como explica o coronel Patrick Touron, que dirige a equipa criminal de investigação forense que vai analisar o esqueleto, ao site 20 Minutes.
O médico legista será “acompanhado de um antropólogo” que vai “examinar o conjunto das ossadas e procurar se há sinais de contusões particulares, de cortes que possam significar uma lesão com uma faca ou com uma arma”, explica o coronel Touron.
Também “é preciso assegurar que se trata mesmo da vítima“, constata o investigador, frisando que serão igualmente realizadas análises de ADN. A terra no local onde o esqueleto foi encontrado vai ser peneirada para tentar encontrar, por exemplo, “a presença de um projéctil”, como explica a France 3.
Aquilo que será impossível de determinar é se Maëlys foi vítima de abusos sexuais. Só Nordahl Lelandais o poderá confirmar e não é certo que o homem venha a contar toda a verdade sobre o caso.
O objectivo dos investigadores é recolher novas revelações científicas que forcem o assassino confesso a assumir aquilo que verdadeiramente aconteceu.
Maëlys de Araújo
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Neste caso, em caso de dúvida, é de condenar o acusado. Está visto que foi ele a causa disto tudo.
A pequena envergava o uniforme de Portugal. Nem quero pensar que o motivo tenha sido ódio futebolístico…
A polícia francesa é muito branda no tratamento dos carrascos e distraída quanto às vítimas. Esperemos que este assassino não saia de pena leve por falta de provas.
Em Portugal, “talvez” apanhasse 20 anos e daqui por 10, estaria na rua a escolher nova vítima.
Prisão perpétua é no mínimo o que deveria ser aplicado a estes monstro e a todos como ele a começar aqui pelo nosso país onde um bandido pode matar uma centena de pessoas e paga apenas por uma, isto é simplesmente incrível como incrível é que os senhores deputados se entretenham em discussões infantis e ignorem por completo os verdadeiros problemas da sociedade.