“Este foi o segundo mês de agosto mais quente, depois de 2003. O valor médio da temperatura média foi de 24,50 graus Celsius, 2,35 graus acima do normal”, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Já o valor médio da temperatura máxima do ar (32,41 graus Celsius) foi o mais alto desde 1931.
“De referir que os cinco maiores valores da média da temperatura máxima em agosto ocorreram depois de 2000: em 2018, 2003, 2016, 2010 e 2005″, segundo o relatório.
Também o valor da temperatura mínima (16,60 graus Celsius) foi 1,10 graus acima do normal. Durante o mês de agosto, os valores da temperatura do ar estiveram quase sempre acima do normal, exceto nos dias 8, 10, 28 e 29. Os períodos mais quentes ocorreram entre 1 e 6 de agosto, 18 e 24 e 30 e 31.
O IPMA indica que o período entre 1 e 6 de agosto foi excecionalmente quente, destacando-se a persistência de valores muito altos da temperatura média do ar superiores a 30 graus e da temperatura máxima acima dos 40 (dias 2 a 4) e da mínima (acima dos 20 graus). O dia 4 de agosto foi o dia mais quente do século XXI em Portugal continental e dos cinco dias mais quentes deste século.
No Boletim é também destacado que foram excedidos os extremos absolutos da temperatura máxima em mais de 40% das estações e em cerca de 30% destas foram ultrapassados os maiores valores da temperatura mínima.
Foi também nos primeiros dias de agosto que ocorreu uma onda de calor que abrangeu quase todo o território do continente, com exceção das regiões do litoral e parte do interior norte.
Os maiores valores da temperatura máxima foram registados em Alvega, no distrito de Santarém, (46,8 graus), Santarém (46,3), Alcácer do Sal, distrito de Setúbal, (46,2) e Coruche (Santarém) e Alvalade (Beja), com 46,1 graus.
Quanto aos maiores valores da temperatura mínima, foram registados no distrito de Portalegre e Proença-a-Nova, em Castelo Branco, com 30,7 graus, Portalegre cidade, com 30,5 e Castelo Branco e Lisboa com 29,5 e 29,3, respetivamente.
No que diz respeito à precipitação, o mês de agosto foi o terceiro mais seco desde 2000.
// Lusa