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Agência DBRS mantém rating de Portugal

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European Parliament / Flickr

Mario Draghi, presidente do BCE, Banco Central Europeu

A agência canadiana DBRS, a única empresa que mantém a notação portuguesa num nível que permite acesso ao financiamento do Banco Central Europeu (BCE), decidiu esta sexta-feira manter o rating nacional inalterado.

A agência de rating DBRS manteve a nota atribuída a Portugal em BBB-, com tendência estável.

Esta avaliação da agência canadiana permite que o país continue a ser contemplado no programa de compra de ativos do BCE, já que a notação de investimento por pelo menos uma das maiores agências de rating é exigida para que o BCE continue a comprar dívida pública em Portugal e a financiar a banca nacional.

Desde maio de 2014 que o rating atribuído pela agência canadiana a Portugal é de BBB (low), com perspetiva estável, o que significa que a DBRS é a única a atribuir uma nota de investimento à dívida pública portuguesa, enquanto as restantes três maiores entidades de rating consideram que Portugal ainda está num grau de lixo.

Depois do aviso do FMI, a 1 de abril, a DBRS chegou a admitir cortar o rating atribuído a Portugal, caso se verifique um “enfraquecer do compromisso político perante políticas económicas sustentáveis”, a reversão das reformas estruturais ou caso a “incerteza política se torne persistente”.

Anteriormente, em fevereiro, após a divulgação da proposta do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), a DBRS disse estar “confortável” com o rating atribuído a Portugal, que considera ser “apropriado”, alertando, no entanto, que esta avaliação depende do desempenho orçamental, do crescimento e do sucesso da política monetária do BCE.

Na última revisão feita pela DBRS a Portugal, que aconteceu em novembro, a DBRS manteve a nota e a perspetiva estável, como tem feito desde maio de 2014, considerando que os riscos que poderiam levar a uma corte no rating estavam “largamente equilibrados”.

Entre os riscos apontados estavam o de “derrapagem [orçamental] e outros desafios para as finanças públicas, nomeadamente em relação ao ainda alto nível de dívida pública”.

Na quinta-feira, a presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), Cristina Casalinho, reiterou que o país estaá confiante na manutenção do rating atribuído pela DBRS.

ZAP

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