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Agência do Ambiente está a “atrasar” construção da nova ponte sobre o Douro

O presidente da Câmara do Porto afirmou que os técnicos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) estão a “atrasar” a construção da ponte D. António Francisco dos Santos, que ligará Vila Nova de Gaia ao Porto.

“A APA é aquela que nos está a levar a atrasar as questões da ponte com Gaia”, avançou esta terça-feira, durante a Assembleia Municipal, o presidente da Câmara do Porto.

O autarca, que respondia a uma questão levantada pelo deputado socialista Alfredo Fontinha, relativamente à viabilidade do projeto da travessia que vai unir os dois concelhos entre Oliveira do Douro, em Gaia, e a zona de Campanhã, avançou que os técnicos da APA “entendem que a ponte não deve ter a mesma quota relativamente ao rio do tabuleiro inferior da Ponte D. Luís I”.

“Isso quer obrigar a ponte a subir, do lado do Porto, não tem grande problema, é apenas altear, porque depois vamos fazer uma ligação à parte superior, agora vejam do lado de Gaia… do lado de Gaia, a ponte nunca mais acaba”, frisou.

Durante a sessão da Assembleia, Rui Moreira anunciou que vai ter uma reunião com o autarca de Vila Nova de Gaia, mas que o município do Porto “só paga até metade da ponte”. “É um pouco estranho a convicção de que APA tem de que ali vai haver um dilúvio”, disse, adiantando não entender as razões que levam os técnicos afirmar que o “tabuleiro da ponte tem de ser bastante superior” à ponte D. Luís I.

“Posso acreditar que possam haver grandes problemas, mas (…) nós temos que viver na normalidade e considerar que a normalidade é isso mesmo. Infelizmente vivemos num país pobre com vícios de país rico”, concluiu.

As câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia anunciaram a 12 de abril em 2018 a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro, um projeto inteiramente financiado pelas duas autarquias, num custo estimado de 12 milhões de euros.

A ponte D. António Francisco dos Santos recebeu o nome em homenagem ao bispo que morreu em setembro do ano passado.

Bairros municipais refletem problemas de policiamento

Também na Assembleia Municipal, o presidente da Câmara do Porto afirmou que, além de “problemas sociais”, os bairros municipais refletem problemas de “policiamento”, “proteção” e de “incumprimento das regras mínimas de convivência” no espaço público.

“É evidente que há problemas sociais e nós estamos muito interessados em ajudar a resolver nos problemas sociais, mas não é só isso, há um problema policial, há um problema de proteção, de segurança e de absoluto incumprimento das regras mínimas de convivência do espaço público”, afirmou o autarca quando confrontado pelo comunista Rui Sá sobre o alargamento do “problema do tráfico de droga” a outros bairros da cidade.

Segundo o deputado da Coligação Democrática Unitária (CDU), a demolição do bairro do Aleixo fez com que o tráfico de droga “se transferisse para outros”, situação que, segundo Rui Sá, “era previsível”.

Durante a sua intervenção, o deputado comunista defendeu por isso a implementação de um “programa social integrado” nos bairros municipais, cujo objetivo passa por envolver as populações com a “as associações e coletividades e com a constituição de equipas pluridisciplinares municipais”. Tudo isto, em “conjunto” com o “necessário reforço do policiamento de proximidade”, frisou o deputado.

ZAP // Lusa

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