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Afinal, piloto capturado na Líbia não é português. É norte-americano

(cv)

O mercenário capturado pelas forças rebeldes na Líbia no início de maio e que disse ser português é, afinal, norte-americano. O homem, que dizia chamar-se Jimmy Reis, chamar-se-á Jamie Sponaugle.

De acordo com a notícia avançada pelo The Washington Post, o piloto será um veterano de guerra de 31 anos e residente na Florida, nos Estados Unidos.

O norte-americano já foi libertado pelas forças do Lybian National Army depois de seis meses de detenção nas mãos deste grupo que luta na guerra civil daquele país. O piloto foi capturado quando sobrevoava num Mirage F1, que foi abatido na operação. O Exército Nacional Líbio afirmou que a detenção foi um “erro” e que o piloto iria ser libertado e entregue ao país de origem.

Ainda assim, dias depois do anúncio da captura, o Exército Nacional Líbio (LNA) disse que iria julgar o piloto como mercenário e sem direito a qualquer proteção do direito internacional relativo a prisioneiros de guerra e podendo mesmo ser condenado à morte.

O vídeo da sua captura correu mundo. O piloto falava aos captores em língua inglesa, assegurando que tinha língua portuguesa. No vídeo do suposto piloto, um dos combatentes do ENL pergunta-lhe em inglês se é militar e ele responde: “Não. Sou um civil“. Num dos vídeos divulgados, o piloto disse chamar-se “Jimmy Reese” e ter 29 anos. Acrescentou ter sido contratado por destruir “estradas e pontes” por uma pessoa chamada Al Hadi, cujo apelido desconhece.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, investigou a veracidade desta informação mas, pelo menos oficialmente, nunca conseguiu confirmar a identidade ou nacionalidade do mercenário. Fonte oficial do Ministério da Defesa diz que “não se trata de qualquer militar que esteja integrado numa operação da Força Aérea naquela zona”.

À época, Portugal não tinha naquele momento qualquer avião ao serviço da operação, mas já participou com um avião de patrulha e reconhecimento Orion, que foi, entretanto, retirado. A operação em causa visa de garantir a segurança das fronteiras marítimas europeias e conter o fluxo da imigração irregular. A União Europeia não confirmou ter perdido alguma aeronave.

Porém, de acordo com a informação esta tarde divulgada, o governo dos EUA sabia que o homem era norte-americano, mas pediu aos meios de comunicação do país que não noticiassem a sua detenção para poder negociar com as forças armadas da Líbia a sua a libertação. Apesar de identificada a nacionalidade do piloto, fica por esclarecer o motivo pelo qual o homem se identificou como português.

ZAP //

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