A construção de um campus universitário no aeródromo de Ponte de Sor vai arrancar até ao final do verão, num investimento de 4,2 milhões de euros, revelou à agência Lusa o presidente do município.
“As obras, provavelmente, terão início no final do verão, com um prazo de conclusão de nove a dez meses. Portanto, tudo indica que a meio de 2015 tenhamos esta obra concluída”, disse Hugo Hilário, em declarações à agência Lusa.
Além da sede dos meios aéreos da Proteção Civil, o aeródromo de Ponte de Sor alberga uma empresa de manutenção de aviões ultraleves, o Aeroclube de Portugal com a vertente dos planadores e uma empresa de componentes aeronáuticos.
Manifestando a esperança de transformar o aeródromo de Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, num espaço “transversal” para o setor da aeronáutica, o autarca disse acreditar que, ao ser criado um campus universitário ligado ao setor do ensino superior e da investigação aeronáutica, poderá ser gerada uma maior “sustentabilidade” do espaço.
“Tendo uma ligação à vertente do ensino superior e à investigação no setor da aeronáutica dá uma sustentabilidade a este investimento [aeródromo] muito maior do que aquela que poderia ter sem esta componente”, disse.
O campus universitário vai ficar equipado com salas de aulas multidisciplinares e alojamento para os alunos (mais de 160 quartos), pretendendo o município formar uma “tipologia” que sirva os propósitos de todas as entidades e empresas já sediadas no aeródromo, bem como das escolas superiores que pretendem instalar-se.
Sustentabilidade
O município está, atualmente, a formalizar “pelo menos” três protocolos com escolas superiores e universidades, prometendo revelar, em breve, as instituições que vão “abraçar” o projeto.
De acordo com Hugo Hilário, está também em cima da mesa a possibilidade de uma outra entidade de ensino superior desenvolver “alguma atividade” no campus universitário.
“Aquilo que está no nosso horizonte é que aquela infraestrutura possa gerar cada vez mais postos de trabalho que tão necessários são à nossa comunidade”, disse.
“O campus universitário será mais um passo em frente para a sustentabilidade e para desenvolvimento económico de todo este projeto que é o aeródromo”, sublinhou.
Sem querer antecipar o número de postos de trabalho que o campus universitário possa vir a criar, Hugo Hilário considerou que o aeródromo constitui um investimento “pesado”, cujo retorno só será visível “a médio/logo prazo”.
“Se o aeródromo há um ano atrás tinha lá a trabalhar 10 a 12 pessoas (postos de trabalho diretos), neste momento a realidade mostra-nos 50 a 60 postos de trabalho, podendo dentro de pouco tempo esses números serem multiplicados”, acrescentou.
/Lusa