A ADSE está a definir critérios que prevêem a penalização dos privados com “más práticas” quando pedirem um alargamento do âmbito das convenções.
Os privados com “más práticas” de faturação à ADSE terão menos probabilidade de conseguir alargar o âmbito das suas convenções, avança esta sexta-feira o Jornal de Negócios.
Em causa estão práticas como a discriminação negativa dos beneficiários do subsistema de saúde em detrimento de beneficiários de seguros ou particulares e o aproveitamento das convenções para criar carteiras de clientes e passar os benefícios para o regime livre. Segundo o Negócios, outras práticas incluem a faturação de parte dos cuidados em regime livre e parte no convencionado.
Estas informações constam de um proposta, discutida novamente esta sexta-feira pelo Conselho Geral e de Supervisão (CGS). O documento ainda não está fechado e poderão ainda haver alterações.
Na celebração de novas convenções, o critério será o preço. Haverá uma “ponderação positiva a prestadores que assegurem a prestação de serviços de qualidade mas a preço mais económico”. Além disso, não está afastada a hipótese de, no futuro, a satisfação dos beneficiários também ser alvo de análise.
Esta notícia surge numa altura em que um dos principais grupos de saúde privados anunciou a suspensão das convenções com a ADSE. No entanto, a dona da rede de hospitais Cuf decidiu recuar na decisão e voltar a aceitar marcações após 12 de abril (data de entrada em vigor).