Foi aprovado o aumento dos preços a pagar pela ADSE aos hospitais privados pela realização de exames e consultas. Este é o segundo aumento de preços no espaço de apenas um ano.
A ADSE vai aumentar os preços que paga por exames e consultas aos privados com os quais tem convenções para a prestação de serviços médicos.
Este aumento pretende “recuperar actos e médicos que têm vindo a sair das convenções com a ADSE e evitar mais saídas“, explica ao jornal Público o representante dos beneficiários do conselho directivo da ADSE, Eugénio Rosa.
Este responsável nota que “um dos maiores problemas que a ADSE enfrenta resulta do facto dos prestadores, nomeadamente, os grandes grupos de saúde (Luz, Cuf, Lusíadas, grupo hospitalar do Algarve, Trofa) terem retirado das convenções muitas consultas de especialidade, exames e cirurgias, e também médicos, nomeadamente os mais diferenciados, com a justificação de que os preços pagos não cobrem os custos nem permitem pagar honorários aceitáveis aos médicos”.
Assim, a ADSE avançou com uma proposta de aumento de preços que foi analisada e aprovada pelo Governo. Essa aprovação demorou um mês e meio para chegar, mas, finalmente, vai avançar a revisão da tabela do regime convencionado da ADSE.
Essa proposta surgiu após a pressão da associação que representa os hospitais privados que lamentou a subida dos custos do sector, devido à inflação.
É a segunda vez, no espaço de um ano, que a ADSE aumenta o preço a pagar aos privados pelos serviços convencionados.
A ADSE deixou de ser financiado pelo Orçamento de Estado em 2014, sendo, agora, exclusivamente financiada pelas contribuições dos funcionários públicos. Mas o sistema de saúde continua sob a tutela do Estado atravé dos Ministérios da Presidência e das Finanças.