Desde 2011, a ADSE perdeu cerca de 100 mil beneficiários, de acordo com números revelados esta quinta-feira pelo Diário Económico.
A ADSE tinha, em janeiro de 2011, 1.345.390 beneficiários, ficando-se atualmente pelos 1.244.143 inscritos, incluindo os familiares dos contribuintes.
A explicação para esta redução de 101.247 beneficiários ao longo do período em que foi implementado o programa de assistência financeira estará não apenas numa reação ao aumento dos descontos, mas também pela perda de benefícios (tais como restrição de acesso aos descendentes maiores de idade), a regularização informática de registos com informações sobre óbitos e o fim de contrato de pessoal docente. Só em janeiro deste ano, o número caiu 30 mil face a dezembro de 2014, devido à atualização dos ficheiros.
O Diário Económico sublinha que beneficiários com salários mais elevados terão optado por sair na sequência do aumento dos descontos – desde junho de 2014 que estão nos 3,5% -, trocando a ADSE por seguros de saúde privados, facto que pode comprometer a sustentabilidade do subsistema de saúde.
A contribuir atualmente estão os 508 mil funcionários públicos no ativo e os reformados da Caixa Geral de Aposentações com pensões superiores ao salário mínimo, que ainda descontam 1,5%.
Entre o aumento dos descontos e a redução de beneficiários, ainda assim, as receitas estão a subir, passando de 221 milhões de euros em 2011 a 285 milhões em 2014.
Ao longo do ano passado, houve 2.965 funcionários que desistiram da ADSE, de acordo com os dados oficiais divulgados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap). Apesar de se tratar de uma minoria face ao universo de 508 mil titulares no ativo, a evolução das saídas traduz um crescimento assinalável em relação às 319 desistências de 2013, de acordo com os dados fornecidos pelo ministério das Finanças no ano passado.
ZAP